Câmara discute aumento proposto pelo governo — Rádio Senado

Câmara discute aumento proposto pelo governo

LOC: A CÂMARA DOS DEPUTADOS DISCUTIU AGORA A NOITE O PROJETO DO GOVERNO DE AUMENTO PARA O SALÁRIO MÍNIMO. LOC: A PROPOSTA DO PALÁCIO DO PLANALTO É DE 545 REAIS, MAS A OPOSIÇÃO QUE AUMENTAR ESSE VALOR. Várias emendas foram apresentadas ao projeto do governo que define o valor do salário mínimo em 545 reais. Democratas, PSDB, PPS e PSOL sugeriram oito emendas com valores de até 700 reais para o salário mínimo. Ainda no início da sessão desta quarta-feira, o líder do PSDB na Câmara, deputado Duarte Nogueira, afirmou que todo o esforço seria feito para aprovar uma proposta maior que a do governo. (DUARTE) Nós não estamos divididos. Nós estamos todos defendendo algo maior do que esse não aumento ou ¿desaumento¿ dessa regressão que o governo quer com os 545. Nós queremos mais. Queremos 600. Se eventualmente a nossa emenda não prosperar no plenário e será a primeira a ser votada, nós vamos nos somar com qualquer esforço possível para dar um aumento maior com outros instrumentos. (Paula) Além de elevar o valor do mínimo para 545, a proposta do governo também fixa, até 2015, uma política de reajuste com base na inflação do ano anterior mais o crescimento da economia registrado nos dois anos antes. Para o líder do Governo na Câmara, deputado Cândido Vacarezza, do PT de São Paulo, se for aprovado, o projeto será a primeira grande vitória do governo no Congresso. (VACAREZZA) É uma grande vitória. Agora nós não vamos encerrar aqui com uma definição do salário mínimo. Assim que for definida a política do mínimo, a presidente Dilma vai encaminha para a Câmara uma Medida Provisória contendo o reajuste da tabela do importo de renda. E isso será daqui a uns 15 dias. (Paula) O reajuste do salário mínimo atinge cerca de 47 milhões e 700 mil pessoas. Ao defender a proposta do governo, o ministro da Fazenda, Guido Mantega, afirmou que a cada um real de aumento no salário mínimo há um impacto de 300 milhões nas contas públicas. O ministro advertiu que o governo está atento ao aumento da inflação e anunciou um corte de 50 bilhões no orçamento deste ano. Por isso é necessário por um freio nos gastos. Além disso, o governo já terá gastos extras este ano com a correção das tabelas do Imposto de Renda e do programa social Bolsa Família. Se for aprovado na Câmara, o projeto segue para o Senado Federal e a presidente Dilma Rousseff já pediu agilidade na votação da matéria.
16/02/2011, 08h29 - ATUALIZADO EM 16/02/2011, 08h29
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