Governo confirma mínimo de R$ 545, mas admite reajustar tabela do IR — Rádio Senado

Governo confirma mínimo de R$ 545, mas admite reajustar tabela do IR

LOC: O GOVERNO REAFIRMOU A DECISÃO DE NÃO CONCEDER AUMENTO DO SALÁRIO MÍNIMO SUPERIOR A QUINHENTOS E QUARENTA E CINCO REAIS. MAS ADMITE REAJUSTAR A TABELA DO IMPOSTO DE RENDA. 

LOC: O SENADOR PAULO PAIM ALERTA QUE CABERÁ AO CONGRESSO NACIONAL A PALAVRA FINAL SOBRE A DISCUSSÃO DO PISO DURANTE A VOTAÇÃO DA MEDIDA PROVISÓRIA EM MARÇO, E JÁ FALA EM QUINHENTOS E SESSENTA REAIS. 

TÉC: Durante encontro no Palácio do Planalto, os sindicalistas ouviram do ministro da Secretaria Geral da Presidência da República, Gilberto Carvalho, que o governo não vai conceder um reajuste do salário mínimo superior a 545 reais. Os representantes dos trabalhadores defendem um piso de 580. Em nome da presidente Dilma Rousseff, Gilberto Carvalho disse que a equipe econômica sinaliza acatar apenas o pedido da correção em 4,5% da tabela do Imposto de Renda e não o de 6,46% cobrado pelas centrais. Além disso, o governo aceita incluir na medida provisória do salário mínimo de 545 reais a definição de que os reajustes do piso até 2023 vão ter como base a inflação do ano anterior e a média do crescimento econômico dos dois últimos anos. Gilberto Carvalho descartou o reajuste de 10% dos aposentados e pensionistas que recebem acima do piso. E defendeu o cumprimento do acordo do reajuste do mínimo pela fórmula já discutida. (Carvalho) Temos honra desta política de recuperação do salário mínimo. E no espírito do acordo de 2007, estamos propondo esse reajuste que eleva o salário mínimo para R$ 545. Reafirmamos para as centrais sindicais da inconveniência de mexermos neste acordo. E nos propusemos já a enviar uma medida provisória para o Congresso. (REP) O senador Paulo Paim, do PT do Rio Grande do Sul, elogiou a iniciativa do governo de negociar com os sindicalistas. Mas ressaltou que a palavra final sobre o reajuste do salário mínimo e dos aposentados, além da correção da tabela do Imposto de Renda, será do Congresso Nacional. (Paim) Eu acredito que as negociações devem avançar. Mas a palavra final é do Congresso. É o Congresso que vai dizer se aceita o que está sendo colocado seja pela sociedade civil seja pelo governo. A palavra final é do Congresso, que vota a matéria. Eu poso gostar dos R$ 580, mas sabemos que vai ser construído o que fora possível. Por isso, que na minha avaliação, o Congresso deve ficar entre R$ 550 e R$ 560. (REP) O governo terá mais uma reunião com os sindicalistas antes de a presidente Dilma Rousseff enviar para o Congresso Nacional a medida provisória do salário mínimo. A proposta deverá ser votada em meados de março. Até a palavra final dos deputados e senadores, o reajuste do salário mínimo continua a ser pago como prevê a MP, de 35 reais.
27/01/2011, 00h49 - ATUALIZADO EM 27/01/2011, 00h49
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