Combate ao crime nas fronteiras do Paraná começa dar resultados

O PLANO DE COMBATE AO CRIME ORGANIZADO NA FRONTEIRA, ANUNCIADO COMO PRIORIDADE PELO MINISTRO DA JUSTIÇA, JOSÉ EDUARDO CARDOSO, FOI ELOGIADO PELA SENADORA ELEITA PELO PARANÁ, GLEISI HOFFMANN. O PARANÁ TEM A FRONTEIRA MAIS POPULOSA DO BRASIL, E TAMBÉM REGISTRA UMA EXPRESSIVA AÇÃO DO NARCOTRÁFICO. A guerra contra o tráfico de drogas no Rio de Janeiro, que impressionou o mundo todo no final do mês de novembro e que trouxe de volta a tranqüilidade aos moradores do conjunto de favelas da Penha, também rendeu a apreensão de toneladas de drogas e armas. O arsenal dos traficantes incluía morteiros, fuzis, granadas e metralhadoras. Segundo especialistas, armamento desviado das forças de segurança do Paraguai e da Bolívia. Ou seja, armas que chegaram pela fronteira, trazidas pelo crime organizado. Para combater essa prática, o ministro da Justiça, José Eduardo Cardoso, anunciou um pacto nacional para aumentar o controle nas fronteiras. A senadora eleita pelo Paraná, Gleisi Hoffmann, do PT, elogia o anúncio e lembra que algumas ações já começam a dar resultado na região. (Gleisi) Nós já temos alguns avanços na fronteira com o Paraguai, em alguns tratados com o Paraguai, no monitoramento de fronteiras, está lá o VANT, o veículo aéreo não tripulado, que já está atuando. A aprovação, agora, de que as forças armadas têm poder de polícia, podem atuar na repressão ao tráfico, apreensão de drogas, na prisão de pessoas, isso para nós é fundamental. Gleisi Hoffmann está otimista com o que pode ser feito, especialmente se houver a união entre diferentes esferas de governo. E antecipa que vai lutar pela construção de um pacto entre os países: (Gleisi) Então nós temos que equipar nossas forças armadas, para que nós tenhamos uma boa ação, ostensiva, de ação na fronteira, isso junto com os paraguaios, nós não queremos tirar a soberania de ninguém, mas queremos, como disse nosso ministro José Eduardo, um pacto para vencer o crime organizado. A nova senadora disse também que pretende integrar a comissão de relações exteriores do Senado, um fórum pelo qual devem passar essas discussões.