Microorganismos e insetos entram diariamente no país em voos internacionais — Rádio Senado

Microorganismos e insetos entram diariamente no país em voos internacionais

LOC: 25 TIPOS DE ÁCARO, MAIS DE 60 TIPOS DE BESOURO, ENTRE MILHARES DE OUTRAS ESPÉCIES DE INSETOS E MICROORGANISMOS DESCONHECIDOS NO BRASIL ENTRAM DIARIAMENTE NO PAÍS EM VOOS INTERNACIONAIS.

LOC: ELES SÃO TRAZIDOS PELOS PASSAGEIROS, NA MAIORIA DAS VEZES DENTRO DE ALIMENTOS QUE O VIAJANTE NEM DESCONFIA QUE SEJA PROIBIDO DESEMBARCAR NO BRASIL.

Por ano, a vigilância agropecuária do aeroporto de Brasília apreende cerca de três toneladas de produtos, a maioria alimentos embutidos e laticínios. Estima-se que, a cada ano, os quatro maiores aeroportos brasileiros apreendam, juntos, cerca de 70 toneladas de produtos desse tipo. A lista inclui até plantas e sementes. Tudo proibido. Pela lei, só podem entrar no país produtos que tenham certificado sanitário expedido pelo país de origem depois de checadas as exigências brasileiras. E isso não inclui a maioria absoluta dos alimentos vendidos em supermercados ou mesmo nos free shops dos aeroportos de outros países. O resultado disso é que espécies desconhecidas de nossa flora e fauna, ao entrarem no Brasil, podem provocar doenças e até desequilíbrio ambiental. Quem explica é o chefe da unidade de vigilância agropecuária do aeroporto de Brasília, Fábio Scwingel: Fábio O que eu acho importante os passageiros saberem é que sim, existe o risco de introdução de doenças e pragas por eles, de passageiros que fazem o trabalho de formiguinha, trazendo toneladas e toneladas e toneladas de produtos pra dentro do Brasil, só que ás vezes invisivelmente, imperceptivelmente. Rep: O exemplo mais marcante dos efeitos perversos da entrada de produtos sem fiscalização é a peste suína africana, que aterrissou no Brasil em 1978 na comida de bordo de um voo estrangeiro que acabou destinada a porcos no Rio de Janeiro. Os animais acabaram contaminados por substâncias estranhas ao país e a combinação custou caro às autoridades brasileiras, como explica o agrônomo Fábio Scwingel: Tiveram que fazer um abate sanitário, num raio de 150 quilômetros do foco abateram cerca de 60, 70 mil porcos e levaram cerca de seis anos para erradicar essa doença do Brasil. Rep: O Ministério da Agricultura tem feito campanha entre as empresas aéreas e de turismo e também em aeroportos de outros países para esclarecer o que pode e o que não pode entrar no Brasil. Os passageiros também podem tirar dúvidas ligando para o número 0800 704 1995. Repetindo, 0800 704 1995.
26/11/2010, 06h29 - ATUALIZADO EM 26/11/2010, 06h29
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