Sarney diz que projeto que regulamenta profissão não deve ser votado neste ano

LOC: O PRESIDENTE DO SENADO, JOSÉ SARNEY, ACREDITA QUE PROJETO QUE REGULAMENTA A PROFISSÃO DOS MÉDICOS NÃO SERÁ VOTADO NESTE ANO. LOC: REPRESENTANTES DE DIVERSAS CATEGORIAS DA SAÚDE SÃO CONTRÁRIOS À PROPOSTA DO ATO MÉDICO, EM DISCUSSÃO NA COMISSÃO DE CONSTITUIÇÃO E JUSTIÇA. O presidente do Senado, José Sarney, do PMDB do Amapá, afirmou que o projeto de lei que regulamenta a profissão dos médicos não deve ser votado neste ano. Sarney explicou que a proposta do ato médico é polêmica e que somente projetos consensuais vão para apreciação em plenário, por decisão dos líderes partidários. A declaração veio depois de uma reunião com representantes de diversas categorias da área da saúde, como psicólogos e fisioterapeutas. Os profissionais argumentaram que o projeto aprovado pela Câmara dos Deputados é inconstitucional, por cercear o direito do pleno exercício de suas atividades. O presidente do Conselho Federal de Psicologia, Humberto Verona, argumentou que a população de baixa renda, que depende do Sistema Único de Saúde, será a mais afetada caso o projeto seja aprovado. Segundo ele, haverá uma sobrecarga do serviço porque somente os médicos poderão fazer o diagnóstico e prescrever o tratamento. Humberto Verona disse que a profissão dos médicos deve, sim, ser regulamentada; mas sem atingir as demais atividades da área de saúde. (Repórter) O projeto do ato médico está na Comissão de Constituição e Justiça do Senado e é relatado pelo senador Antonio Carlos Valadares, do PSB de Sergipe. O presidente do Senado já recebeu uma comitiva de médicos, que pediu a votação do projeto ainda em 2010.