Meirelles garante ausência de recurso público em operação
LOC: O PRESIDENTE DO BANCO CENTRAL, HENRIQUE MEIRELLES, GARANTIU QUE A OPERAÇÃO DE AJUDA AO BANCO PANAMERICANO NÃO USOU RECURSOS PÚBLICOS, DURANTE VISITA AO SENADO NESTA QUINTA-FEIRA.
LOC: MAS SENADOR DA OPOSIÇÃO CONTESTA AO AFIRMAR QUE DINHEIRO DA CAIXA ECONÔMICA FEDERAL ENTROU NO NEGÓCIO.
O presidente do Banco Central, ministro Henrique Meirelles, garantiu que o empréstimo ao Banco Panamericano aconteceu como prevê a lei. A instituição financeira foi socorrida com um repasse de dois bilhões e quinhentos milhões de reais. Meirelles destacou que a operação não envolveu recursos públicos ao explicar que o dinheiro é do Fundo Garantidor, uma espécie de cheque especial dos bancos. Ele disse ainda que o responsável pelo Banco Panamericano, o empresário Sílvio Santos, apresentou uma lista de patrimônio como garantia, por isso, a certeza do retorno dos recursos. O presidente do Banco Central afirmou também que a "intervenção" foi necessária para evitar que problemas financeiros no Panamericano pudessem atingir outros bancos. Meirelles ressaltou ainda que as decisões do Banco Central foram tomadas rapidamente para evitar a contaminação do sistema financeiro. E reiterou que o contribuinte não vai pagar essa conta. (Meirelles) Foi solucionado o problema sem o uso de um centavo público. Não houve prejuízo para o governo federal, não houve o uso pelo Banco Central de recursos públicos e foi preservado o patrimônio dos acionistas minoritários na Bolsa de Valores, da CEF e dos depositantes do banco. Portanto, o controlador cumpre seu dever legal de recapitalizar o banco, dispondo de seu patrimônio pessoal, o fundo garantidor de preservar a estabilidade do sistema por meio do empréstimo com a garantida do patrimônio do empresário. Repórter: O vice-líder do PSDB, senador Álvaro Dias, do Paraná, rebateu o presidente do Banco Central ao afirmar que a operação de salvamento do Banco Panamericano envolveu dinheiro público, pois a Caixa Econômica Federal comprou ações da instituição financeira antes de saber da situação do banco. (Alvaro) Entrou dinheiro da Caixa, mais de R$ 700 milhões em 2009. Se havia necessidade, essa é uma outra discussão. O que ele não pode dizer é que não houve dinheiro público. Não podemos aceitar porque isso não é verdade. (Hérica) O líder do governo, senador Romero Jucá, do PMDB de Roraima, considera que as explicações de Meirelles foram convincentes. (Jucá) As explicações são pertinentes e tranquilizam a preocupação da sociedade. Não houve ingresso de recursos públicos. O sistema financeiro resolveu com seus próprios mecanismos. É uma ação que ocorreu dentro do sistema e foi sanado pelo próprio sistema, assumindo o ônus o próprio acionista majoritário. (Hérica) A Comissão de Constituição e Justiça aprovou um convite para que Henrique Meirelles compareça a uma audiência pública para falar sobre o socorro ao Banco Panamericano.
LOC: MAS SENADOR DA OPOSIÇÃO CONTESTA AO AFIRMAR QUE DINHEIRO DA CAIXA ECONÔMICA FEDERAL ENTROU NO NEGÓCIO.
O presidente do Banco Central, ministro Henrique Meirelles, garantiu que o empréstimo ao Banco Panamericano aconteceu como prevê a lei. A instituição financeira foi socorrida com um repasse de dois bilhões e quinhentos milhões de reais. Meirelles destacou que a operação não envolveu recursos públicos ao explicar que o dinheiro é do Fundo Garantidor, uma espécie de cheque especial dos bancos. Ele disse ainda que o responsável pelo Banco Panamericano, o empresário Sílvio Santos, apresentou uma lista de patrimônio como garantia, por isso, a certeza do retorno dos recursos. O presidente do Banco Central afirmou também que a "intervenção" foi necessária para evitar que problemas financeiros no Panamericano pudessem atingir outros bancos. Meirelles ressaltou ainda que as decisões do Banco Central foram tomadas rapidamente para evitar a contaminação do sistema financeiro. E reiterou que o contribuinte não vai pagar essa conta. (Meirelles) Foi solucionado o problema sem o uso de um centavo público. Não houve prejuízo para o governo federal, não houve o uso pelo Banco Central de recursos públicos e foi preservado o patrimônio dos acionistas minoritários na Bolsa de Valores, da CEF e dos depositantes do banco. Portanto, o controlador cumpre seu dever legal de recapitalizar o banco, dispondo de seu patrimônio pessoal, o fundo garantidor de preservar a estabilidade do sistema por meio do empréstimo com a garantida do patrimônio do empresário. Repórter: O vice-líder do PSDB, senador Álvaro Dias, do Paraná, rebateu o presidente do Banco Central ao afirmar que a operação de salvamento do Banco Panamericano envolveu dinheiro público, pois a Caixa Econômica Federal comprou ações da instituição financeira antes de saber da situação do banco. (Alvaro) Entrou dinheiro da Caixa, mais de R$ 700 milhões em 2009. Se havia necessidade, essa é uma outra discussão. O que ele não pode dizer é que não houve dinheiro público. Não podemos aceitar porque isso não é verdade. (Hérica) O líder do governo, senador Romero Jucá, do PMDB de Roraima, considera que as explicações de Meirelles foram convincentes. (Jucá) As explicações são pertinentes e tranquilizam a preocupação da sociedade. Não houve ingresso de recursos públicos. O sistema financeiro resolveu com seus próprios mecanismos. É uma ação que ocorreu dentro do sistema e foi sanado pelo próprio sistema, assumindo o ônus o próprio acionista majoritário. (Hérica) A Comissão de Constituição e Justiça aprovou um convite para que Henrique Meirelles compareça a uma audiência pública para falar sobre o socorro ao Banco Panamericano.