Conselho Federal de Medicina pede aprovação imediata do projeto — Rádio Senado

Conselho Federal de Medicina pede aprovação imediata do projeto

LOC: REPRESENTANTES DO CONSELHO FEDERAL DE MEDICINA PEDEM A APROVAÇÃO IMEDIATA DO ATO MÉDICO. LOC: O PRESIDENTE DO SENADO, JOSÉ SARNEY, AFIRMA QUE A DECISÃO DE VOTAR A PROPOSTA, QUE REGULAMENTA A PROFISSÃO, DEPENDE DOS LÍDERES PARTIDÁRIOS. O presidente do Senado, José Sarney, do PMDB do Amapá, recebeu representantes do Conselho Federal de Medicina. Eles pediram que os senadores aprovem ainda neste ano o projeto do ato médico, que impedirá outros profissionais da área da saúde de fazerem diagnósticos ou prescreverem tratamentos. O presidente do Conselho, Roberto D¿Ávila, explicou que a proposta tem o objetivo de proteger os pacientes. Ele citou o exemplo de que um nutricionista não poderá receitar remédios para o tratamento de disfunção da tireóide. Esse profissional se limitará a trabalhar com uma dieta e deverá encaminhar o paciente para um endocrinologista. O mesmo ocorrerá com um fisioterapeuta, por exemplo. Roberto D¿Ávila ressaltou que as maiores vítims de atendimento realizado por profissionais que não são médicos são os moradores de pequenas cidades e usuários do Sistema Único de Saúde. (Dávila) Tudo vai continuar igual. O que não podemos assistir é que em determinadas regiões do país as pessoas não sejam atendidas por um médico e que estejam sendo consultadas e medicadas por pessoas que não são médicas. Essa desigualdade não é possível. Quem pode pagar terá um médico e que não tem dinheiro, vai ter outro profissional para ter o diagnóstico. Entendemos que essa desigualdade não é possível. (Repórter) O presidente do Senado se mostrou favorável ao pedido dos médicos. Sarney explicou, no entanto, que a proposta precisa ter um pedido de urgência, ou seja, o aval dos líderes partidários, para que seja votada pelo plenário sem passar pelas comissões de Assuntos Sociais e de Constituição e Justiça. O senador Mozarildo Cavalcante, do PTB de Roraima, se disse favorável à votação rápida. (Mozarildo) É inadmissível que a profissão de médico seja a mais antiga e não tenha sido regulamentada. Houve tempo em demasia para se discutir e aperfeiçoar o projeto. Não há porquê não aprová-lo. Acho que não prejudica nenhuma profissão da área da saúde. Todas elas têm regulamentação e nós ainda não temos regulamentação do que é ato médico. (Repórter) O projeto do ato médico se encontra na Comissão de Constituição e Justiça. Caso não obtenha o apoio para votação em regime de urgência, a proposta ainda será analisada pela Comissão de Assuntos Sociais e pelo plenário. O projeto do ato médico é analisado no Congresso há 8 anos, e por ter sido alterado durante votação na Câmara dos Deputados, voltou para o Senado.
10/11/2010, 02h34 - ATUALIZADO EM 10/11/2010, 02h34
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