Maria da Conceição Tavares participa de seminário na CAE — Rádio Senado

Maria da Conceição Tavares participa de seminário na CAE

LOC: A ECONOMISTA MARIA DA CONCEIÇÃO TAVARES AFIRMOU NA COMISSÃO DE ASSUNTOS ECONÔMICOS DO SENADO QUE SÓ RECENTEMENTE COMEÇOU A VER UMA POLÍTICA DE DISTRIBUIÇÃO DE RENDA NO BRASIL. LOC: A PORTUGUESA, NATURALIZADA BRASILEIRA, FAMOSA POR SUA FRANQUEZA, FOI OUVIDA DURANTE O SEMINÁRIO: DESENVOLVIMENTO ECONÔMICO BRASILEIRO: EVOLUÇÃO E DESAFIOS. REPÓRTER PATRÍCIA NOVAES: Afiada como sempre, a professora e economista Maria da Conceição Tavares falou para uma platéia atenta e entusiasmada formada por parlamentares, funcionários públicos e alunos de Economia. Ela começou fazendo um balanço da situação econômica do Brasil e do mundo nos últimos anos e disse que as lembranças do passado recente do País que escolheu para viver não são boas. Na verdade, segundo ela, só de seis anos para cá vem tendo motivos para se alegrar. (Maria da Conceição Tavares ) - Eu já tô contente de ver a distribuição de renda meu bem. Eu não via distribuição de renda desde Vargas II, desde a década de 50, então para mim está de luxo isso que está ocorrendo. Azar o meu, que virei brasileira achando que isso ia ser uma democracia dos trópicos e tome 21 anos de ditadura, tome concentração de renda, tome milagre econômico, aí foi brabo mas agora não, agora, tem uns anos que eu estou respirando. (Patrícia) ¿ Maria da Conceição Tavares fez também uma previsão dos problemas que a futura presidente do Brasil terá que enfrentar. (Maria da Conceição 2) - Eu acho que a situação de maior urgência agora, e essa quem tem que enfrentar é a nossa nova presidente, é a questão cambial.... e por que? Por duas razões: primeiro pelo lado do balanço comercial as importações já estão crescendo e, apesar de que nosso investimento está crescendo, a proporção de eletroeletrônicos é maior do que a produção interna e isso é ruim. (Patrícia) ¿ A professora também falou sobre a recente crise financeira mundial e listou os motivos para a rápida recuperação brasileira como a política de renda do governo Lula, o salário mínimo crescente, baixa vulnerabilidade externa, alta credibilidade internacional e a entrada de investimentos diretos estrangeiros. No final de sua explanação a economista respondeu perguntas dos parlamentares e do público e recebeu do Presidente do Conselho Federal de Economia o prêmio Personalidade Econômica 2010. Da Rádio Senado, Patrícia Novaes.
09/11/2010, 07h28 - ATUALIZADO EM 09/11/2010, 07h28
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