Governo destina R$ 20 bilhões para construção de trem bala entre RJ e SP

LOC: O PROJETO DO TREM BALA ENTRE AS CIDADES DE CAMPINAS E RIO DE JANEIRO GANHOU MAIS FORÇA NESTA SEGUNDA-FEIRA, COM A EDIÇÃO DE MEDIDA PROVISÓRIA QUE GARANTE FINANCIAMENTO DE 20 BILHÕES DE REAIS, COM DINHEIRO DO BNDES. LOC: PARA O SENADOR EDUARDO SUPLICY, O CONGRESSO NÃO DEVE COLOCAR OBSTÁCULOS AO TREM BALA NA VOTAÇÃO DO ORÇAMENTO DE 2011, PREVISTA PARA O MÊS QUE VEM. A REPORTAGEM É DE NILO BAIRROS: O custo estimado para colocar nos trilhos o trem bala entre Campinas e Rio de Janeiro, passando por São Paulo, é de 34 bilhões de reais. Uma parte desse investimento foi autorizada pelo governo nesta segunda-feira, por meio de medida provisória. Serão 20 bilhões de reais emprestados pelo banco nacional de desenvolvimento econômico e social, BNDES, à empresa ou grupo que vencer a concorrência para a construção da linha. Até o momento, a obra conta apenas com previsão de 447 milhões de reais no projeto de orçamento encaminhado pelo governo ao congresso. Mas para o senador Eduardo Suplicy, que é membro da comissão de assuntos econômicos do senado, o congresso deve aprovar o financiamento e até engordar a verba para o trem bala. O senador pelo PT paulista confia nos estudos de viabilidade do projeto e acredita que o investimento vai se pagar sozinho: Sen. Suplicy: A demanda que naturalmente acontecerá, tendo em conta inclusive que serão investimentos de natureza privados que terão o apoio do BNDES. Entretanto, terão retorno próprio que permitirá a médio e longo prazo que haja o devido ressarcimento para essas empresas e para as instituições financeiras que proverão os recursos o retorno necessário. Rep: O leilão para a escolha da empresa que vai tocar as obras está marcado para o dia 16 de dezembro. A vencedora será aquela que oferecer a menor tarifa teto. Qualquer que seja o grupo vencedor, terá na composição a companhia de uma estatal, a empresa de transporte ferroviário de alta velocidade s/a. A Etav, que ainda será criada, terá sede em Brasília e ficará subordinada ao Ministério dos Transportes. A previsão é de que as nove estações e os 500 quilômetros de trilhos estarão prontos em quatro ou cinco anos, ou seja, antes dos jogos olímpicos de 2016, que acontecem na cidade do Rio de Janeiro.