Senadores rebatem críticas de Gilmar Mendes ao Legislativo
LOC: PEDRO SIMON AFIRMOU QUE O MINISTRO GILMAR MENDES DEVERIA TER RESPEITO PELO CONGRESSO. E DEMÓSTENES TORRES RESSALTOU QUE A POSIÇÃO DO MINISTRO NÃO REFLETE O QUE PENSA A MAIORIA DOS MINISTROS DO SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL.
LOC: OS SENADORES COMENTARAM AS CRÍTICAS QUE GILMAR MENDES FEZ AO LEGISLATIVO NO JULGAMENTO DESSA QUARTA-FEIRA NO STF SOBRE A LEI DA FICHA LIMPA.
TÉC: Sobrou para o Congresso no julgamento do Supremo Tribunal Federal que decidiu pela validade imediata da Lei da Ficha Limpa. ¿Casuística¿ e ¿destrambelhada¿ foram alguns dos adjetivos usados pelo ministro Gilmar Mendes para descrever a decisão do Congresso de aprovar a Ficha Limpa pouco mais de quatro meses antes das eleições. E para ele, a lei tinha endereço certo. (GILMAR) Em nome do moralismo, chancelar fórmulas que podem flertar com o nazifascimo! Que é uma lei casuística, já não se precisa falar! Foi lei feita para resolver a eleição no Distrito Federal! E atingiu de resvalo alguns candidatos que inclusive eram da base do governo! Veja as consequências desse tipo de improvisação institucional a que o país poderia ter sido poupado desse momento vexatório a partir de uma iniciativa destrambelhada! (REPÓRTER) Relator do projeto da Lei da Ficha Limpa, o senador Demóstenes Torres, do Democratas de Goiás e presidente da Comissão de Constituição e Justiça, não quis alimentar polêmica com Gilmar Mendes. Preferiu destacar a posição dos ministros que votaram pela validade imediata da lei. (DEMÓSTENES) O ministro Gilmar tem a opinião dele, opinião que não é opinião nossa e também não é opinião da maioria do Supremo Tribunal Federal, que decidiu manter a decisão do Tribunal Superior Eleitoral. É óbvio que tem posições apaixonadas, mas a nossa é que essa lei ajuda a limpar mesmo a vida pública: muitos já vão embora agora, outros ficarão aí pelo caminho. E é ótimo que nós tenhamos ministros absolutamente comprometidos com a verdade, com a justiça, com a dignidade. (REPÓRTER) E o senador Pedro Simon, do PMDB do Rio Grande do Sul, afirmou que Gilmar Mendes se excedeu nas críticas ao Congresso. Simon, que ocupou a tribuna do Senado várias vezes nas últimas semanas para pedir a aplicação imediata da Lei da Ficha Limpa, acredita que a decisão do Supremo faz o Brasil entrar numa nova fase. (SIMON) O ministro não foi feliz. Acho que o ministro do Supremo, que já foi presidente, tinha que ter o mínimo de respeito com a nossa instituição. O que vale é a decisão coletiva, e essa foi uma grande decisão, foi uma decisão excepcional. Eu diria que hoje começou no Brasil um novo Brasil e hoje se começou a caminhada para o Brasil deixar de ser o país da impunidade. (REPÓRTER) Depois de novo empate de cinco a cinco no julgamento da Ficha Limpa, o Supremo decidiu, por sete a três, manter a posição do Tribunal Superior Eleitoral favorável à aplicação imediata da lei. Além de Gilmar Mendes, foram voto vencido os ministros Marco Aurélio e Dias Toffoli.
LOC: OS SENADORES COMENTARAM AS CRÍTICAS QUE GILMAR MENDES FEZ AO LEGISLATIVO NO JULGAMENTO DESSA QUARTA-FEIRA NO STF SOBRE A LEI DA FICHA LIMPA.
TÉC: Sobrou para o Congresso no julgamento do Supremo Tribunal Federal que decidiu pela validade imediata da Lei da Ficha Limpa. ¿Casuística¿ e ¿destrambelhada¿ foram alguns dos adjetivos usados pelo ministro Gilmar Mendes para descrever a decisão do Congresso de aprovar a Ficha Limpa pouco mais de quatro meses antes das eleições. E para ele, a lei tinha endereço certo. (GILMAR) Em nome do moralismo, chancelar fórmulas que podem flertar com o nazifascimo! Que é uma lei casuística, já não se precisa falar! Foi lei feita para resolver a eleição no Distrito Federal! E atingiu de resvalo alguns candidatos que inclusive eram da base do governo! Veja as consequências desse tipo de improvisação institucional a que o país poderia ter sido poupado desse momento vexatório a partir de uma iniciativa destrambelhada! (REPÓRTER) Relator do projeto da Lei da Ficha Limpa, o senador Demóstenes Torres, do Democratas de Goiás e presidente da Comissão de Constituição e Justiça, não quis alimentar polêmica com Gilmar Mendes. Preferiu destacar a posição dos ministros que votaram pela validade imediata da lei. (DEMÓSTENES) O ministro Gilmar tem a opinião dele, opinião que não é opinião nossa e também não é opinião da maioria do Supremo Tribunal Federal, que decidiu manter a decisão do Tribunal Superior Eleitoral. É óbvio que tem posições apaixonadas, mas a nossa é que essa lei ajuda a limpar mesmo a vida pública: muitos já vão embora agora, outros ficarão aí pelo caminho. E é ótimo que nós tenhamos ministros absolutamente comprometidos com a verdade, com a justiça, com a dignidade. (REPÓRTER) E o senador Pedro Simon, do PMDB do Rio Grande do Sul, afirmou que Gilmar Mendes se excedeu nas críticas ao Congresso. Simon, que ocupou a tribuna do Senado várias vezes nas últimas semanas para pedir a aplicação imediata da Lei da Ficha Limpa, acredita que a decisão do Supremo faz o Brasil entrar numa nova fase. (SIMON) O ministro não foi feliz. Acho que o ministro do Supremo, que já foi presidente, tinha que ter o mínimo de respeito com a nossa instituição. O que vale é a decisão coletiva, e essa foi uma grande decisão, foi uma decisão excepcional. Eu diria que hoje começou no Brasil um novo Brasil e hoje se começou a caminhada para o Brasil deixar de ser o país da impunidade. (REPÓRTER) Depois de novo empate de cinco a cinco no julgamento da Ficha Limpa, o Supremo decidiu, por sete a três, manter a posição do Tribunal Superior Eleitoral favorável à aplicação imediata da lei. Além de Gilmar Mendes, foram voto vencido os ministros Marco Aurélio e Dias Toffoli.