Eduardo Azeredo critica abertura de embaixada brasileira no Afeganistão
LOC: O BRASIL PODERÁ INSTALAR UMA EMBAIXADA EM CABUL, NO AFEGANISTÃO.
LOC: UMA COMITIVA DE REPRESENTANTES DE DIFERENTES SETORES DO GOVERNO SEGUE NO SÁBADO PARA A CAPITAL AFEGÃ COM O OBJETIVO DE BUSCAR E FORTALECER PARCERIAS. E DIPLOMATAS BRASILEIROS ARTICULAM A INSTALAÇÃO DA NOVA MISSÃO DIPLOMÁTICA NAQUELE PAÍS.
TÉC: A viagem ao Afeganistão, coordenada pela Agência Brasileira de Cooperação, do Ministério das Relações Exteriores, terá representantes da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária - Embrapa; da Empresa de Pesquisa Agropecuária e Extensão Rural de Santa Catarina; do Departamento Nacional de Produção Mineral e da Associação Brasileira de Gemas e Jóias. O grupo segue para Cabul na busca de possibilidades de cooperação técnica nas áreas de agricultura, mineração, extração e beneficiamento de pedras preciosas. O Itamaraty informou que a missão brasileira foi organizada para atender a um pedido do governo do Afeganistão - um país que desde os anos 70 vive em conflito armado, fruto de diferenças étnicas, religiosas e ideológicas e ainda da invasão de tropas estrangeiras. O presidente da Comissão de Relações Exteriores do Senado, Eduardo Azeredo, do PSDB de Minas Gerais, reconhece os interesses comerciais da missão brasileira àquele país, mas critica a possível abertura de uma embaixada. (AZEREDO) O governo brasileiro tem aberto um excesso de embaixadas que custam muito aos brasileiros como um todo, e a prioridade deveria ser substituída pela prioridade aos consulados que dão atendimento aos cerca de 3 milhões de brasileiros que vivem hoje no exterior. O fato é que hoje a criação de embaixadas não passa pelo Congresso é um ato apenas do Executivo que decide de maneira aleatória. O Brasil vai instalar embaixada num local conflagrado, num local com muita dificuldade. Acredito que não seria necessário nesse momento essa instalação. (REP) Já o senador Eduardo Suplicy, do PT de São Paulo, destaca que a missão atende a um apelo das autoridades afegãs. Ele recorda que a abertura da embaixada do Brasil em Cabul, bem como do Afeganistão em Brasília, já estava acertada. (SUPLICY) O Afeganistão é um dos principais países da Ásia e obviamente e um país com 28 milhões de habitantes e que tem grandes riquezas. O Afeganistão tem um governo que procura a sua própria soberania, acho importante que o Brasil possa considerar o apelo das autoridades do governo do Afeganistão no sentido de reforçar nossas relações (REP) Durante a Guerra Fria, o Afeganistão foi invadido por tropas da União Soviética. Em 2001, o país foi invadido por soldados norte-americanos e de países aliados, sob a alegação de que a operação era para capturar Osama Bin Laden, mentor dos ataques terroristas que destruíram as torres gêmeas em Nova Iorque e parte do Pentágono, em Washington, nos atentados de 11 de setembro. Esses militares continuam no Afeganistão, que hoje tem um governo apoiado pelos Estados Unidos.
LOC: UMA COMITIVA DE REPRESENTANTES DE DIFERENTES SETORES DO GOVERNO SEGUE NO SÁBADO PARA A CAPITAL AFEGÃ COM O OBJETIVO DE BUSCAR E FORTALECER PARCERIAS. E DIPLOMATAS BRASILEIROS ARTICULAM A INSTALAÇÃO DA NOVA MISSÃO DIPLOMÁTICA NAQUELE PAÍS.
TÉC: A viagem ao Afeganistão, coordenada pela Agência Brasileira de Cooperação, do Ministério das Relações Exteriores, terá representantes da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária - Embrapa; da Empresa de Pesquisa Agropecuária e Extensão Rural de Santa Catarina; do Departamento Nacional de Produção Mineral e da Associação Brasileira de Gemas e Jóias. O grupo segue para Cabul na busca de possibilidades de cooperação técnica nas áreas de agricultura, mineração, extração e beneficiamento de pedras preciosas. O Itamaraty informou que a missão brasileira foi organizada para atender a um pedido do governo do Afeganistão - um país que desde os anos 70 vive em conflito armado, fruto de diferenças étnicas, religiosas e ideológicas e ainda da invasão de tropas estrangeiras. O presidente da Comissão de Relações Exteriores do Senado, Eduardo Azeredo, do PSDB de Minas Gerais, reconhece os interesses comerciais da missão brasileira àquele país, mas critica a possível abertura de uma embaixada. (AZEREDO) O governo brasileiro tem aberto um excesso de embaixadas que custam muito aos brasileiros como um todo, e a prioridade deveria ser substituída pela prioridade aos consulados que dão atendimento aos cerca de 3 milhões de brasileiros que vivem hoje no exterior. O fato é que hoje a criação de embaixadas não passa pelo Congresso é um ato apenas do Executivo que decide de maneira aleatória. O Brasil vai instalar embaixada num local conflagrado, num local com muita dificuldade. Acredito que não seria necessário nesse momento essa instalação. (REP) Já o senador Eduardo Suplicy, do PT de São Paulo, destaca que a missão atende a um apelo das autoridades afegãs. Ele recorda que a abertura da embaixada do Brasil em Cabul, bem como do Afeganistão em Brasília, já estava acertada. (SUPLICY) O Afeganistão é um dos principais países da Ásia e obviamente e um país com 28 milhões de habitantes e que tem grandes riquezas. O Afeganistão tem um governo que procura a sua própria soberania, acho importante que o Brasil possa considerar o apelo das autoridades do governo do Afeganistão no sentido de reforçar nossas relações (REP) Durante a Guerra Fria, o Afeganistão foi invadido por tropas da União Soviética. Em 2001, o país foi invadido por soldados norte-americanos e de países aliados, sob a alegação de que a operação era para capturar Osama Bin Laden, mentor dos ataques terroristas que destruíram as torres gêmeas em Nova Iorque e parte do Pentágono, em Washington, nos atentados de 11 de setembro. Esses militares continuam no Afeganistão, que hoje tem um governo apoiado pelos Estados Unidos.
