Comissão de Relações Exteriores debate acordos internacionais — Rádio Senado

Comissão de Relações Exteriores debate acordos internacionais

LOC: SABATINAS DE EMBAIXADORES, APROVAÇÃO DE ACORDOS INTERNACIONAIS E DEBATES SOBRE O ACORDO NUCLEAR DO IRÃ, MEDIADO PELO BRASIL, FORAM DESTAQUE DA COMISSÃO DE RELAÇÕES EXTERIORES NESSE PRIMEIRO SEMESTRE.

LOC: FORAM APROVADAS 24 INDICAÇÕES DE EMBAIXADORES E 37 ACORDOS INTERNACIONAIS, ALÉM DE PROJETOS DE LEI DA CÂMARA E DO SENADO. 

O presidente da Comissão de Relações Exteriores, senador Eduardo Azeredo, do PSDB de Minas Gerais, disse que foi um semestre de muita atividade, com reuniões ordinárias e extraordinárias. Foram aprovadas as indicações de 26 embaixadores, para 24 países, sete projetos de lei da Câmara, um projeto de lei do Senado, 37 acordos internacionais, além de diversos requerimentos e emendas. O senador afirmou que no caso de embaixadores, houve polêmica na indicação dos nomes para representar o Brasil na Venezuela, José Antonio Marcondes de Carvalho, e na Bolívia, Marcel Fortuna Biato; não por causa dos diplomatas indicados, mas em função de questionamentos quanto aos governos dos dois países: (AZEREDO) existe toda uma questão nebulosa em relação a Venezuela, é importante que nosso embaixador tenha muita altivez, que defenda efetivamente os interesses do Brasil naquele país, porque as regras não estão sendo respeitadas normalmente na Venezuela. os contratos não estão sendo cumpridos, temos visto nacionalizações, estatizações... a mesma polêmica se repetiu na indicação do embaixador do Brasil na Bolívia onde já houve estatização, inclusive de empresa brasileira, como a Petrobrás, que teve suas instalações até invadidas pelo exército boliviano, a votação em plenário foi apertada. (REP) Azeredo recordou ainda que a presença política do Brasil no oriente médio, especificamente o acordo nuclear com o Irã, e a doação de 25 milhões para os palestinos na Faixa de Gaza foram discutidos na comissão (AZEREDO) é uma questão fundamental que a comissão tem que acompanhar. O Brasil fez essa intermediação com o Irã, mas ela não deu certo, o Brasil talvez tenha conseguido avançar sim, mas o fato é que não funcionou e as sanções foram impostas pela maioria dos países do mundo, e o Brasil ficou de alguma maneira isolado nesta questão. (REP) Para debater essas questões polêmicas, o ministro Celso Amorim foi convidado a comparecer na comissão de relações exteriores por duas vezes. (AZEREDO) a presença do ministro foi importante. Tivemos uma suspensão no mês de março das avaliações de embaixadores, e a presença do ministro para discutir com ele os chamados excessos da diplomacia brasileira,que são excessos terceiro-mundistas que nós da oposição consideramos inadequados,em que o Brasil força um pouco o papel de protagonista que deve ser mais natural...(REP) Para Eduardo Azeredo, uma questão que continua a gerar polêmica na Comissão de Relações Exteriores é a abertura de embaixadas do Brasil em países muito pequenos, com poucos laços econômicos e culturais com o Brasil. (AZEREDO) O governo abriu sete pequenas embaixadas em países que tem até 40 mil habitantes, sem nenhuma tradição comercial, cultural com o Brasil, sem a presença de brasileiros lá, e ao custo de cerca de um milhão de dólares de implantação e 500 mil dólares por ano para o funcionamento, quando esses recursos poderiam ser utilizados na ampliação dos consulados brasileiros...são três milhões de brasileiros que residem no exterior e precisam permanentemente do apoio do governo brasileiros.(REP) Eduardo Azeredo informou que a Comissão de Relações Exteriores voltará a se reunir durante o chamado esforço concentrado, nos dias 3 e 4 de agosto. As atividades regulares só serão retomadas após as eleições de outubro.
22/07/2010, 01h32 - ATUALIZADO EM 22/07/2010, 01h32
Duração de áudio: 03:23
Ao vivo
00:0000:00