CDH debate persistência do analfabetismo no Brasil (4) — Rádio Senado

CDH debate persistência do analfabetismo no Brasil (4)

A Comissão de Direitos Humanos e Legislação Participativa promove nesta manhã um debate para saber por que permanece o analfabetismo entre jovens e adultos no país. A audiência pública é realizada a pedido do senador Cristovam Buarque, do PDT do Distrito Federal, e do senador Paulo Paim, do PT do Rio Grande Do Sul. Na abertura da reunião, Cristovam lembrou que o analfabetismo no país está ainda longe de ser eliminado e, mesmo a redução para níveis aceitáveis, ainda está lenta. Dados da Unesco informam que o Brasil é o oitavo país do mundo em número de analfabetos jovens e adultos. 

Debatem o assunto com os senadores, Carlos Eduardo Moreno Sampaio, diretor de estatísticas educacionais do Ministério da Educação e Cláudia Paes De Carvalho Baena Soares, coordenadora de desenvolvimento de cooperação técnica da organização dos estados íbero-americanos. 

Ao justificar seu pedido para discutir o assunto, Cristovam destacou que a Constituição de 1988 deu prazo de dez anos para que o Brasil se transformasse em país livre do analfabetismo. De lá para cá, o analfabetismo tem tido uma redução em termos percentuais e quase nada em números absolutos. Para o senador, priorizar o investimento na alfabetização de crianças e nas universidades, deixando de lado jovens e adultos, sob a justificativa de que o aumento de renda do alfabetizado não compensa o custo com a alfabetização, é um erro não só econômico como moral. Por essa razão, a CDH vai realizar outra audiência pública para discutir a questão do analfabetismo do ponto de vista moral. "O analfabeto é um cidadão torturado constantemente, intelectual, moral e economicamente e, em um país que diz respeitar os direitos humanos, essa situação é inadmissível", avalia Cristovam.
17/03/2014, 10h48 - ATUALIZADO EM 17/03/2014, 10h48
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