Girão enaltece imprensa do Brasil e do exterior por condenarem 'censura do STF'

Da Agência Senado | 17/04/2024, 10h28

O senador Eduardo Girão (Novo-CE) comemorou nesta terça-feira (16) a repercussão mundial das denúncias do empresário Elon Musk, dono da rede social X (antigo Twitter), sobre supostas ilegalidades em decisões do Judiciário brasileiro que afetaram sua empresa. Em pronunciamento, o parlamentar acusou o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes de desrespeitar a Constituição, praticar censura e tentar ocultar medidas judiciais que obrigaram o X a restringir conteúdos da rede. 

— Depois que até o Wall Street Journal noticiou sobre a censura no Brasil, três grandes jornais brasileiros, que até então estavam calados, resolveram, como num passe de mágica, se manifestar em editorial nesse final de semana — salientou, mencionando críticas da Folha de S. Paulo, do Estado de S. Paulo e do O Globo à atuação do Judiciário.

Girão saudou os jornalistas que repercutiram as denúncias de Musk e “tiveram a coragem de revelar as entranhas podres da censura política”. Segundo ele, “o mundo todo repercute as notícias sobre a ditadura da toga no Brasil, depois das gravíssimas denúncias feitas pelos jornalistas estrangeiros". As denúncias levaram a Comissão de Assuntos Judiciários da Câmara dos Deputados dos Estados Unidos a solicitar ao X o envio das mensagens de Alexandre de Moraes cobrando restrições à rede social, disse o senador. 

— Precisou vir de fora do país uma resposta corajosa ao grito de socorro de milhões de brasileiros que vivem com medo, ao assistir, todos os dias, a interferências, intimidações e perseguições políticas por parte de alguns ministros do STF alinhados política e ideologicamente com o governo federal — declarou Girão.

Em aparte, o senador Esperidião Amin (PP-SC) disse que é uma “iniquidade” um inquérito originalmente destinado a tratar de assuntos internos do STF alcançar tanta abrangência, englobando outros inquéritos, petições e ações penais, dos quais vários estão sob sigilo. Ele cobrou uma atitude do Senado diante dos fatos.

— O Senado não vai poder continuar com a cabeça no buraco, como se diz que a avestruz faz, e dizer que “não é comigo” — completou Esperidião Amin.

Agência Senado (Reprodução autorizada mediante citação da Agência Senado)