Aprovado plano de comemoração dos 200 anos da Confederação do Equador

Da Agência Senado | 13/03/2024, 18h07

A Comissão Temporária de comemoração aos 200 anos da Confederação do Equador aprovou nesta quarta-feira (13) o plano de trabalho com duração de 365 dias. Apresentado pela presidente do colegiado, senadora Teresa Leitão (PT-PE), o documento está disponível na página da comissão na internet (CTI200CONFEQ).

Entre as atividades do plano estão diligências dos integrantes da comissão para reuniões de trabalho, entendimentos com o governo e Assembleia Legislativa de Pernambuco e universidades. Além disso, haverá um ciclo de audiências públicas em Brasília e em outros estados para debater a história da Confederação do Equador. 

A senadora pernambucana também incluiu no plano de trabalho a realização de sessões solenes no Senado, com a presença do Presidente Rodrigo Pacheco, e na Assembleia Legislativa de Pernambuco para o lançamento oficial das comemorações, de forma que toda a sociedade possa tomar conhecimento e participar dos eventos ao longo do ano. Também foi solicitado o apoio do Senado para produção de documentário para TV, website, exposições, documentos de divulgação e publicação de livros sobre o evento histórico.

A Comissão aprovou cinco requerimentos para realização dessas atividades e também para a cessão de servidores da Universidade de Pernambuco e outras instituições do Estado para ajudar, caso necessário. 

— O plano não é fechado. Ele tem diretrizes que vamos procurar seguir, mas aqui e acolá pode haver a necessidade de um reposicionamento que nós avaliaremos para que a nossa Comissão faça juz ao que ela se propôs — explicou Teresa.

Ela informou que já teve um diálogo inicial com a governadora de Pernambuco, Raquel Lyra, sobre o assunto e que também vai conversar com a vice-governadora, Priscila Krause Branco, que será coordenadora de outra comissão criada naquele Estado. 

História

A Confederação do Equador foi um movimento revolucionário ocorrido em 1824 no Nordeste. Teve início em Pernambuco, mas logo se espalhou pelas províncias vizinhas, como Paraíba, Rio Grande do Norte e Ceará. Era contra a monarquia de Dom Pedro I e defendia a implantação de um regime republicano. 

Na época, o movimento foi proibido e perseguido pelas tropas leais ao imperador. Trinta e uma pessoas foram condenadas à morte. Entre elas, o Frei Joaquim do Amor Divino, mais conhecido como Frei Caneca, que se tornou um herói entre os revolucionários. 

Teresa Leitão enfatizou que a revolução representou um marco nas lutas democráticas do Brasil e merece ser comemorada e mantida na memória coletiva. Por isso, também pretende estabelecer vínculos com instituições de ensino e pesquisa, bem como com especialistas no tema, para a construção e disseminação de conteúdos e materiais relacionados ao processo histórico da Confederação do Equador.

Também participam da Comissão Temporária os senadores Jussara Lima (PSD-PI), como vice-presidente, Humberto Costa (PT-PE), Fernando Dueire (MDB-PE), Efraim Filho (União-PB) e Ana Paula Lobato (PSB-MA).

Agência Senado (Reprodução autorizada mediante citação da Agência Senado)