Para Marcos Rogério, Lula deve priorizar infraestrutura do Brasil e não de outros países

Da Agência Senado | 28/06/2023, 17h03

O senador Marcos Rogério (PL-RO) voltou a criticar, em pronunciamento no Plenário nesta quarta-feira (28), o discurso do presidente Lula durante a Cúpula de Paris, no início da semana. Ele afirmou que Lula demonstrou interesse de financiar obras de infraestrutura nos países pobres, mas que deveria, antes, priorizar o Brasil. O senador destacou uma afirmação sobre a capacidade hídrica do Congo, na África, para a construção de três grandes hidrelétricas do mesmo porte da Itaipu. 

— Acredito que todos reconhecemos a importância de se investir em infraestrutura nos países subdesenvolvidos ou em desenvolvimento. A questão é quando isso é feito em detrimento das necessidades dos próprios países que financiam essas obras, como fez o Brasil na era do PT, destinando recursos do BNDES para a América Latina e África — disse. 

O senador ressaltou que o Brasil possui projetos que precisam ser executados com urgência. Entre outros, ele citou como exemplo a usina hidrelétrica de Tabajara, no município de Machadinho D'Oeste (RO), que ainda não foi concluída. 

— O governo brasileiro precisa voltar seus olhares, primeiro, para essas demandas de interesse nacional. Antes de pensar em mandar o dinheiro do Brasil para fora, olhe para os problemas do Brasil, enfrente os problemas do Brasil, invista no Brasil, gere emprego, renda, desenvolvimento. Melhore a qualidade de vida dos brasileiros — argumentou. 

O parlamentar reiterou que não desconsidera a importância das parcerias internacionais, mas afirmou que a prioridade é antes "olhar para as demandas nacionais". 

— São investimentos que têm a capacidade de alterar, sim, a realidade social de uma nação. [...] Vamos investir, então, em mais rodovias no Brasil. Vamos avançar no projeto de duplicação da BR-364, lá do meu estado de Rondônia, hoje uma rodovia absolutamente estrangulada. [...] Vamos investir mais em ferrovias. Mato Grosso e Rondônia precisam de ferrovias para o transporte da soja — concluiu.

Agência Senado (Reprodução autorizada mediante citação da Agência Senado)