Galeria dos presidentes recebe novos quadros e obras danificadas no 8 de janeiro
Da Comunicação Interna | 24/05/2023, 18h13
A galeria de presidentes do Senado, no Salão Nobre, está completa. Em cerimônia na tarde desta quarta-feira (24), a coleção foi atualizada com os retratos de Davi Alcolumbre (União-AP) e Rodrigo Pacheco (PSD-MG), que ocuparam a Presidência da Casa nos últimos quatro anos. Também foram restaurados e repostos cinco retratos que haviam sido vandalizados durante as invasões de 8 de janeiro.
Entre os presentes, além dos homenageados, estiveram ex-presidentes da Casa Tião Viana e Eunício Oliveira e a ministra do Planejamento e Orçamento, Simone Tebet, representando o ex-presidente do Senado Ramez Tebet, seu pai.
— A Casa reafirma o compromisso com a democracia e a memória política do Brasil. Os registros dos debates e as obras de arte que guardamos são patrimônio da sociedade brasileira. A abertura dos nossos espaços e arquivos é parte do trabalho de fortalecimento da cidadania, um fundamento da República Federativa do Brasil — discursou o atual presidente, Rodrigo Pacheco.
Antecessor de Pacheco, o senador Alcolumbre enalteceu a bravura tanto dos parlamentares quanto dos colaboradores que atuam desde os ataques de 8 de janeiro.
— A coragem é a primeira das qualidades de um ser. Sem ela, nenhuma outra virtude aparece. Os brasileiros esperam de nós as respostas para os problemas urgentes: a fome, a miséria e o desemprego. É por isso que estamos aqui — disse.
A ministra Simone Tebet destacou a trajetória e o legado do pai. A ex-senadora acredita que ele só teve o retrato atacado porque ela assumiu uma posição firme durante o segundo turno das eleições presidenciais.
— Tentaram fazer um apagão na história do Brasil. Não conseguiram e nem conseguirão. Pois não há borracha alguma que possa apagar isso. A alma do povo brasileiro é democrática. Amamos poder votar, ter a liberdade de expressão. Temos a liberdade em nossa essência — disse.
Marco histórico
A galeria dos presidentes foi inaugurada em fevereiro de 2005 para registrar as imagens de todos os dirigentes do Senado desde a fundação. As obras foram todas pintadas a óleo pelo artista plástico Urbano Vilella. No 8 de janeiro, dois quadros de José Sarney, dois de Renan Calheiros e um de Ramez Tebet foram danificados, e o autor repintou quatro deles.
Um dos retratos de Sarney foi revitalizado pelo trabalho voluntário de Marco Antônio de Faria, servidor do Governo do Distrito Federal cedido à gerência de Preservação e Restauração do Supremo Tribunal Federal (STF).
A diretora-geral Ilana Trombka, que prestigiou a solenidade, destacou o papel da administração da Casa na preservação e recuperação das memórias atacadas. Para ela, a cerimônia significa um momento de prestigiar a história de quem ajudou a garantir a democracia no país.
— Fazemos alusão e homenagem aos senadores que, pela violência dos vândalos, tiveram seus quadros atacados. Mostramos que eles estão presentes na nossa memória e para sempre presentes na galeria. Os senadores Alcolumbre e Pacheco, que agora fazem parte dela, de alguma forma nos conduziram ao momento de hoje. A garantia de democracia e o papel do Senado nesse contexto tiveram o condão dos dois, que hoje são justamente homenageados — concluiu.
Agência Senado (Reprodução autorizada mediante citação da Agência Senado)
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