Senadores lamentam morte de Rita Lee

Da Agência Senado | 09/05/2023, 17h48

A morte da cantora Rita Lee repercutiu entre os senadores. Ela morreu nessa segunda-feira (8), em São Paulo (SP), aos 75 anos. Por sugestão do senador Jorge Kajuru (PSB-GO), o presidente do Senado, Rodrigo Pacheco, pediu um minuto de silêncio em homenagem à cantora, na abertura da sessão desta terça-feira (9). Para Pacheco, a cultura brasileira amanheceu mais triste com a notícia da morte de Rita Lee.

— Sua partida deixa uma lacuna irreparável no cenário cultural, mas seu legado continuará vivo na memória daqueles que tiveram o privilégio de conhecer sua arte — afirmou.

Pacheco definiu a cantora como um ícone da música nacional. Rita Lee ficou conhecida por sua irreverência, talento e carisma, que encantaram gerações de fãs, ressaltou o senador. Ele disse que, com uma voz inconfundível e marcante, a cantora conquistou um lugar de destaque na música brasileira, sendo reconhecida como uma das maiores artistas do país. E registrou que Rita Lee lançou mais de 30 álbuns e vendeu mais de 55 milhões de discos.

O presidente do Senado também manifestou solidariedade aos familiares, amigos e fãs e destacou a militância da cantora pelos direitos das mulheres e das minorias e em defesa dos animais e do meio ambiente.

Ao finalizar um discurso, o senador Lucas Barreto (PSD-AP) citou o trecho de uma música da cantora e disse que "nunca esqueceremos de Rita Lee".

Kajuru relatou que teve o privilégio de ter sido amigo de Rita Lee. Ele definiu a cantora como  uma pessoa “especial demais no palco e fora do palco, pela sua postura e por sua música”.

— O Brasil perdeu a rainha da rock e uma mulher de raríssimas qualidades. Vai com Deus, minha querida amiga Rita Lee — registrou Kajuru.

Em audiência na Comissão de Educação (CE), pela manhã, um minuto de silêncio homenageou a cantora e também o ex-deputado federal David Miranda, que faleceu nesta terça (9). A ministra da Cultura, Margareth Menezes, participava da audiência na CE e se emocionou ao elogiar o legado e a trajetória de Rita Lee. 

Progressista e revolucionária

Vários senadores também foram ao Twitter lamentar a morte da cantora. Para o senador Veneziano Vital do Rêgo (MDB-PB), Rita Lee "nos deixa um grande legado na cultura brasileira, ao conquistar diversas gerações com seu pensamento progressista, revolucionário, com a sua luta pela liberdade de expressão e empoderamento feminino". A senadora Professora Dorinha Seabra (União-TO) definiu Rita Lee como "mulher genial, de talento incontestável". Na visão da senadora, o legado musical da cantora será eterno.

Para o senador Weverton (PDT-MA), a morte de Rita Lee marca um "dia triste". A senadora Eliziane Gama (PSD-MA) registrou que “o Brasil perde, além de uma cantora e compositora extraordinárias, uma defensora intransigente da Democracia”. O senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ) manifestou seus "sentimentos aos familiares, amigos e fãs da Rainha do Rock”. Ele definiu Rita Lee como “uma das maiores cantoras e compositoras deste país".

Carreira longa

Rita Lee Jones de Carvalho nasceu em São Paulo (SP), em 1947. Ela é considerada a maior estrela do rock nacional. Rita começou cantando ainda na adolescência, com colegas de escola. Depois, participou de bandas de apoio a programas de TV, até deixar sua marca em grupos como Mutantes e Tutti Frutti. É considerada uma revolucionária, por ter introduzido a guitarra na música brasileira — o que, de início, sofreu resistência de outros artistas da MPB.

O sucesso continuou quando ela decidiu seguir carreira solo, no final da década de 1970. Além de cantora, Rita Lee também foi apresentadora de TV, escreveu livros infantis, atuou em novelas e, em 2016, lançou o livro Rita Lee: uma autobiografia. Ela estava preparando o lançamento do livro Rita Lee: outra autobiografia, que já se encontra em pré-venda. A obra tem previsão de lançamento para o próximo dia 22.

Rita foi diagnosticada com um câncer de pulmão em 2021. No ano seguinte, a família chegou a anunciar que ela estaria curada. Com a saúde debilitada nos últimos anos, vivia reclusa, na companhia da família.

A cantora teve uma longa e produtiva parceria na vida e na arte com o guitarrista e compositor Roberto de Carvalho, com quem era casada desde 1976. Ela e Roberto tiveram três filhos: Roberto, João e Antônio.

Agência Senado (Reprodução autorizada mediante citação da Agência Senado)