Paim se diz preocupado com o discurso de ódio nas eleições

Em pronunciamento nesta terça-feira (18), o senador Paulo Paim (PT-RS) disse estar preocupado com o discurso de ódio, discriminação e intolerância que tem sido propagado nas eleições. Ele destacou que, ao longo dos seus 40 anos de vida pública, nunca viu nada semelhante.

— Agridem pela escolha política e partidária, pela religião, pelas escolhas de vida, não aceitam o livre-arbítrio, agridem quem pensa diferente. Isso não é correto! Isso é irresponsabilidade! Assim sendo, estamos regredindo, estamos voltando aos primórdios da selvageria. É a barbárie, o ápice da ignorância, da rudeza, da estupidez humana — afirmou.

O senador ainda ressaltou que ninguém tem o direito de agredir, dar tiro ou matar por causa da opção política do outro.

— Ninguém pode agredir padres, pastores. Ninguém pode queimar templos de matrizes africanas. Não podemos politizar as religiões — ressaltou.

Paim também citou denúncias publicadas em veículos de comunicação, como chantagem eleitoral com ameaças de demissão de empregados ou fechamento das fábricas, caso não ganhe o candidato defendido pelo empregador.

— Isso é crime. Crime previsto na legislação. Isso tem que ser denunciado. Isso não pode ficar assim. Faço um apelo a todo trabalhador. Não se intimide. Ninguém vai saber como foi seu voto. Denuncie e vote com a sua consciência. 

Agência Senado (Reprodução autorizada mediante citação da Agência Senado)