Paim defende continuidade de urnas eletrônicas e se diz contra voto impresso
Da Rádio Senado | 15/07/2021, 17h27
Em pronunciamento, nesta quinta-feira (15), o senador Paulo Paim (PT-RS) chamou de “retrocesso” a implantação do voto impresso. Segundo ele, a própria matéria foi considerada inconstitucional pelo Supremo Tribunal Federal (STF), por colocar em risco “o sigilo e a liberdade do voto”.
Paim esclareceu, ainda, que o sistema de urnas eletrônicas já está em uso no Brasil há 25 anos e é considerado um dos maiores sistemas automatizados do mundo. Para ele, a confiança nesse sistema é tão grande, que algumas urnas brasileiras já foram até emprestadas para outros países realizarem suas eleições.
— A urna eletrônica brasileira é referência mundial e um exemplo de segurança para todo o planeta. Vale esclarecer que nossas urnas não podem ser usadas para impressão de voto, pois elas têm impressoras internas capazes de imprimir, apenas, o relatório da cobertura das votações, e o boletim de urna em seu encerramento. Para ligar uma impressora à urna, seria necessário que esta fosse à prova de intervenções humanas. Caso contrário, em vez de aumentar a segurança das votações, facilitaria a fraude e a violação do sigilo dos votos — afirmou.
Ainda de acordo com o senador, desde a implantação das urnas eletrônicas nas eleições do país nunca foi apresentado qualquer tipo de fraude. Portanto, é desnecessário querer alterar um sistema que, comprovadamente, vem dando certo, disse Paim. O parlamentar também questionou quais seriam os interesses de algumas pessoas por trás disso.
— O voto vai além do exercício da cidadania, ele representa um exercício de poder. Presidentes de 11 partidos, inclusive alguns até da base governista, são contra o voto impresso nas eleições de 2022. A urna eletrônica é uma conquista do povo brasileiro e um aperfeiçoamento da nossa democracia — declarou.
Agência Senado (Reprodução autorizada mediante citação da Agência Senado)
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