Izalci Lucas é eleito presidente da Comissão Senado do Futuro
Elisa Chagas | 24/03/2021, 11h46
O senador Izalci Lucas (PSDB-DF) foi eleito nesta quarta-feira (24) presidente da Comissão Senado do Futuro (CSF) para o biênio 2021-2023. O vice-presidente é o senador Mecias de Jesus (Republicanos-RR). O objetivo da CSF é promover discussões sobre grandes temas e o futuro do país, assim como aprimorar a atuação do Senado nessas questões.
Izalci afirmou que sua proposta inicial é fazer um projeto de políticas de Estado, repensando um Brasil pós-pandemia.
— Quem já foi governador e prefeito sabe: cada um que sai acaba com tudo, faz questão até de apagar os computadores, formatar os computadores para não dar informação para quem está entrando. Então, a gente precisa começar a trabalhar uma política pública de Estado, para estados e municípios. Hoje há tecnologia no Brasil totalmente compatível para a gente poder, realmente, criar uma gestão eletrônica.
O senador também afirmou que quer realizar audiências públicas virtuais sobre projetos que estão dando certo não só no Brasil, mas também no exterior.
Mecias, que já foi presidente do colegiado, parabenizou Izalci pela eleição. Ele destacou que a oferta de energia elétrica e o desequilíbrio entre alto custo, baixa qualidade e ineficiência são questões de extrema relevância para o futuro do país e necessitam ser debatidas constantemente.
— É de fundamental importância para o desenvolvimento e economia de qualquer nação. Convido vocês para debatermos temas relevantes que ajudem o parlamento a desenvolver leis que sejam condizentes com as necessidades do Brasil, alinhadas ao avanço tecnológico e pensando no que queremos para o futuro do país — afirmou o senador.
Em relação ao trabalho do colegiado, Mecias informou que já existe um projeto de mudança do Regimento Interno do Senado para que certas matérias da comissão passem a ser deliberativas. Ao contrário das demais comissões, a CSF não vota proposições e se reúne apenas em caráter extraordinário.
O senador Confúcio Moura (MDB-RO) afirmou que o governo federal tem excelentes projetos que não dão certo por falta de recurso. Confúcio também falou sobre a situação “dramática” das escolas brasileiras com ensino híbrido durante a pandemia de coronavírus.
— Grande parte das crianças não tem acesso, mesmo que remoto, por falta de mínimas condições de integração. Precisamos buscar o dinheiro dos fundos, que não chegam a lugar nenhum. Nós temos que fazer com que esses fundos tirem esse dinheiro de debaixo da terra, dessa manta de concreto armado que há sobre esses recursos.
O senador Zequinha Marinho (PSC-PA) também cumprimentou Izalci pela eleição.
— Essa comissão precisa avançar ainda mais e funcionar como uma porta de entrada da população, cidadão, empreendedor e todo mundo que queira trazer sua sugestão para que se debata — disse.
Requerimentos
A comissão aprovou três requerimentos de Izalci para a realização de audiências públicas. O primeiro deles (REQ 1/2021) trata de encontro para debater o governo digital com representantes do Serviço Federal de Processamento de Dado (Serpro); do Departamento de Informática do Sistema Único de Saúde (Datasus); da Empresa de Tecnologia e Informações da Previdência (Dataprev); da Associação das Empresas Brasileiras de Tecnologia da Informação (Assepro Nacional); da Associação das Empresas Brasileiras de Tecnologia da Informação (Brascom); e da Associação Brasileira de Engenharia Sanitária e Ambiental (Abes).
Outro requerimento aprovado (REQ 2/2021) convida a presidente da Estônia, Kersti Kaljulaid, para falar sobre o funcionamento do governo digital no país.
Também foi aprovada a realização de audiência pública com Augusto Nardes, ministro do Tribunal de Contas da União (TCU), com o objetivo de debater gestão pública (REQ 3/2021).
Agência Senado (Reprodução autorizada mediante citação da Agência Senado)
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