Redação da Rádio Senado poderá se chamar Repórter Larissa Bortoni
Elina Rodrigues Pozzebom | 16/11/2020, 15h34
A sala da redação da Rádio Senado poderá ser nomeada Repórter Larissa Bortoni, jornalista da Casa por mais de duas décadas, que morreu em 2019, aos 50 anos, vítima de embolia pulmonar. A proposta foi apresentada pela senadora Simone Tebet (MDB-MS) por meio de projeto de resolução (PRS 54/2020).
— Ao homenagear Larissa, cada servidor poderá se sentir também homenageado. Larissa, por todos os relatos que ouvi, soube representar cada um dos servidores e colaboradores do Senado Federal. Foi zelosa com o cargo público, e teve o mesmo zelo e amor pelo jornalismo. E assim, Larissa serviu a todos nós ouvintes e leitores das emissoras da Casa. Seus textos, as reportagens, os pensamentos e atuações, sempre foram voltados para bem comum. Parabéns aos colegas que a reconhecem e prestam a homenagem. Parabéns, Larissa, por tantos colegas. Gratidão pelas matérias que ficarão eternizadas no acervo do Senado Federal — disse Simone à Agência Senado.
Formada em Comunicação Social pela Universidade de Brasília (UnB), Larissa Bortoni Dias passou pelas redações de várias rádios de Brasília até ser empossada no Senado em 1998, após aprovação em concurso público. Trabalhou a maior parte do tempo como repórter da Rádio Senado e também da Agência Senado por um período. Além de traduzir com habilidade o teor das proposições legislativas e das decisões parlamentares, Larissa produzia inúmeras reportagens especiais, dando voz aos excluídos, mostrando as mazelas sociais enfrentadas pelas minorias e os esquecidos no país e ensinando como poderiam lutar por seus direitos, de acordo com a lei. Por essas matérias, a jornalista recebeu prêmios importantes concedidos à imprensa nacional, como o Vladmir Herzog e o Imprensa Embratel.
— Larissa nunca foi uma profissional acomodada, pelo contrário. Estava sempre obcecada por novos projetos. As reportagens especiais eram sua maior paixão. E como temas, ela sempre escolhia algo que desse voz a algum segmento da sociedade esquecido, seja pelo medo, violência ou preconceito — afirmou o chefe de reportagem da Rádio Senado, Maurício de Santi.
Poucos dias após a morte de Larissa, seus colegas de redação homenagearam a jornalista, com a presença dos seus dois filhos, André e Lucas, ao dar o nome de “Redação Repórter Larissa Bortoni” ao espaço em que ela trabalhou. A iniciativa de Simone oficializa a ação.
“Com este projeto de resolução, o Senado Federal deverá reconhecer formalmente o sentimento espontâneo em relação a uma servidora da Casa que tão bem representou o espírito que deve nortear a comunicação pública e o serviço público”, justifica a senadora na proposta.
Outros espaços destinados aos jornalistas que fazem a cobertura diária dos fatos no Congresso Nacional celebram a memória de profissionais da imprensa nacional, como o ex-produtor da TV Globo João Cláudio Estrella, no Senado, e o jornalista Jorge Bastos Moreno, ex-colunista do Jornal O Globo, na Câmara.
Agência Senado (Reprodução autorizada mediante citação da Agência Senado)
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