Paim cobra do governo medidas para impedir destruição dos biomas nacionais
Da Rádio Senado | 29/09/2020, 18h37
Em pronunciamento nesta terça-feira (29), o senador Paulo Paim (PT-RS) defendeu que o Estado brasileiro use as forças públicas para combater a destruição dos biomas por causa das queimadas e de ações do homem.
O Pantanal, por exemplo, vive a maior tragédia das últimas décadas, disse o senador. Segundo ele, foram identificados mais de 15,5 mil focos de incêndio, que consumiram mais de 2,3 milhões de hectares e destruíram 15% do bioma. Para Paim, a dramaticidade da situação fica evidente diante da morte de animais, como jacarés, macacos, cobras, antas e araras-azuis, essa última, ameaçada de extinção.
— Esse bioma é uma das regiões do mundo de maior biodiversidade. São mais de 4,7 mil espécies de plantas e animais. Segundo o Inpe (Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais), o fogo destruiu 85% do Parque Estadual Encontro das Águas, que possui em torno de 109 mil hectares. Um local de refúgio, inclusive de onças pintadas. Esse parque cobre uma área rica em cursos d'água e que apoiam a rica diversidade da fauna e da flora.
Em relação à Amazônia, Paim citou que o Inpe identificou 2 mil focos de incêndio na primeira semana de setembro deste ano. O número é 170% maior que o registrado no mesmo período do ano passado.
Situação semelhante vive o Cerrado, continuou o senador, ao lembrar que pelo bioma correm os principais rios brasileiros. Com uma área original de 204 milhões de hectares, cerca de 57% desse total já foram destruídos, disse.
— O processo de desmatamento avança em 1,5% ao ano, um índice considerado elevado. Precisamos de responsabilidade, de atitudes urgentes, de coragem de proibir isso. O Estado brasileiro, os governos não podem se omitir. O país precisa criar programa de preservação. Se nada for feito, em poucos anos, não teremos mais nada desses biomas.
Agência Senado (Reprodução autorizada mediante citação da Agência Senado)
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