Bancos públicos devem ajudar pequenas e microempressas, defende Gurgacz

Da Rádio Senado | 24/04/2020, 14h37

Ao afirmar que o momento atual exige a priorização da saúde e da vida das pessoas, o senador Acir Gurgacz (PDT-RO) lembrou, em discurso nesta sexta-feira (24), que o governo também precisa adotar medidas para garantir a sobrevivência das empresas, especialmente das micros, pequenas e médias, "pois sem elas não há como falar em emprego, renda e consumo".

Para Gourgacz, não faz sentido o Banco do Brasil ter lucrado em 2019 R$18 bilhões e a Caixa Econômica Federal, R$21 bilhões, se esses recursos não são ofertados ao setor privado, neste momento de pandemia, para o pagamento de salários por meio de crédito a juros equivalente à taxa Selic, ou seja, 3,75% ao ano.

O senador citou como exemplo um programa de crédito do BNDES a micros, pequenos e médios empresários, com juros variando de 1,19% a 1,59% ao mês.

 As empresas estão paralisadas, estão sem receita. Então é hora de o governo, através dos seus bancos — BNDES, Banco do Brasil, e Caixa Econômica Federal — ajudar essas empresas, mas com juros reais. Na esteira do que nós estamos vendo acontecer, com certeza vamos ver, no balanço do final deste ano, o Banco do Brasil, a Caixa Econômica Federal e os bancos privados terem recorde de lucro novamente — disse.

Agência Senado (Reprodução autorizada mediante citação da Agência Senado)