Grupo Parlamentar Brasil-Países Árabes define membros e regulamento interno

Da Redação | 05/03/2020, 11h56

Nesta quinta-feira (5), o Grupo Parlamentar Brasil-Países Árabes elegeu o senador Jean Paul Prates (PT-RN) presidente e a deputada Angela Amin (PP-SC) vice-presidente da comissão executiva. O primeiro-secretário será o senador Weverton Rocha (PDT-MA). Já o conselho consultivo será formado pelo deputado Arnaldo Jardim (Cidadania-SP), como presidente, e o senador Paulo Rocha (PT-PA), como vice-presidente. 

Também participaram da primeira reunião do grupo o presidente da Comissão de Relações Exteriores e Defesa Nacional (CRE), senador Nelsinho Trad (PSD-MS) e o decano do Conselho de Embaixadores de Países Árabes, embaixador Ibrahim Alzeben. 

Nelsinho informou que, até o momento, 31 senadores e nove deputados já aderiram ao grupo parlamentar. Segundo ele, os termos de adesão continuarão disponíveis na secretaria da CRE e no site do Senado para os parlamentares que desejarem aderir. 

Cooperação

Na ocasião, Ibrahim Alzeben destacou que o trabalho do grupo é muito importante, pois abre as portas necessárias para os canais de entendimento e de cooperação entre o Brasil e os países árabes. 

— Em nome do Conselho de Embaixadores dos Países Árabes, expressamos o nosso compromisso com o grupo parlamentar para pavimentar todos os caminhos necessários para maior cooperação e maior entendimento. O que une o Brasil com o mundo árabe é uma história, uma comunidade e interesses mútuos, pelos quais vamos seguir trabalhando por um futuro promissor entre as duas nações — expressou o embaixador.

Terceiro parceiro comercial

Na oportunidade, o senador Jean Paul disse que já são cerca de 150 anos de histórico de relações firmes entre brasileiros e árabes. De acordo com o senador, o grupo tem como objetivo incentivar e desenvolver ainda mais as relações entre os poderes legislativos, que representam os povos das nações. Para ele, ampliar as relações comerciais entre o Brasil os 22 países árabes é uma meta a ser perseguida. São eles: Arábia Saudita, Argélia, Barein, Catar, Comores, Djibuti, Egito, Emirados Árabes Unidos, Iêmen, Iraque, Jordânia, Kuwait, Líbano, Líbia, Mauritânia, Marrocos, Omã, Palestina, Somália, Sudão, Síria e Tunísia. 

O parlamentar evidenciou ainda que, em janeiro, a Câmara de Comércio Árabe-Brasileira divulgou um balanço das relações comerciais entre o Brasil e os países da Liga Árabe, que mostra que o Brasil é o seu 3° maior parceiro comercial, atrás apenas da China e dos Estados Unidos.   

— Aumentar as trocas culturais e comerciais com os países árabes significa mais empregos e oportunidades para brasileiros e árabes, além de permitir que continuemos aprofundando os laços de amizade de muitas décadas, que tornaram árabes e brasileiros povos tão próximos.  

Relacionamento histórico

A deputada Angela Amim retratou a aliança como um momento importante do Congresso Nacional. Para ela, “há uma história de relacionamento entre o Brasil e os países árabes e, principalmente, a forma como o brasileiro abriga os imigrantes”. 

— Eu entendo que a grande diferença do Brasil em comparação com outros países é a facilidade de convivência com as diferentes etnias, que aqui se instalaram. Então, esse relacionamento é de total importância para o Brasil e para o mundo árabe. Mas, principalmente, nós é quem ganhamos como cidadãos — ressaltou a parlamentar.

A pauta de trabalho do grupo ainda será definida. 

Morgana Nathany, com supervisão de Sheyla Assunção

Agência Senado (Reprodução autorizada mediante citação da Agência Senado)