Brasil precisa investir em pesquisa e educação, afirma Izalci Lucas

Da Redação | 22/02/2019, 14h32

O senador Izalci Lucas (PSDB-DF) lamentou nesta sexta-feira (22), durante pronunciamento, que o Plano Nacional de Educação não esteja sendo executado e que os 10% do produto interno bruto (PIB) e os 50% dos royalties do petróleo, previstos para a educação, estejam sendo remanejados para outras áreas. Segundo o parlamentar, a realidade dos profissionais do setor está muito aquém do ideal e isso tem influência direta no desenvolvimento do país.

De acordo com Izalci, o último reajuste das bolsas de mestrado e doutorado oferecidas pelo governo, por meio da Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes) e do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq), aconteceu em 2013. No mesmo período, o Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC) aumentou 37%. O resultado desse descaso, afirmou, é a diminuição do número de brasileiros interessados em atuar na área da educação.

Cerca de 90% da produção científica é feita por esses bolsistas, ressaltou Izalci, relatando que participou de reunião no Ministério da Educação nesta semana para discutir o assunto.

O senador afirmou ainda que educação, ciência e tecnologia “não se fazem com discurso, mas com recursos e com ações” e defendeu que o dinheiro que poderá ser economizado com a reforma da Previdência deve ser usado na educação e na pesquisa.

— Não adianta fazer a reforma da Previdência, economizando R$ 1 trilhão nos próximos 10 anos, se não estiver claro para onde vai esse R$ 1 trilhão. Esse dinheiro deve ser destinado obrigatoriamente para ajustar a máquina, investir mais em educação, em ciência e tecnologia. Não tem lógica um mestrando receber uma bolsa de R$ 1,5 mil e um doutorando, R$ 2,2 mil. Como este país pode ir para a frente se não valoriza a educação, os pesquisadores? — questionou.

Agência Senado (Reprodução autorizada mediante citação da Agência Senado)

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