Profissionais de parlamentos de língua portuguesa trocam experiência em gestão

Da Redação | 03/07/2017, 19h11

Começou nesta segunda-feira (3) o 1º Encontro dos Quadros das Áreas de Administração, Finanças e Recursos Humanos da Associação dos Secretários-Gerais dos Parlamentos de Língua Portuguesa, que vai até a próxima sexta (7). Representantes de Angola, Cabo Verde, Moçambique, São Tomé e Príncipe, Timor Leste e Portugal estiveram no Plenário 3 das comissões da Câmara dos Deputados, onde a diretora-geral do Senado, Ilana Trombka, e o diretor-geral adjunto da Câmara, Mauro Barreto, fizeram a abertura do evento.

Ilana enfatizou a oportunidade de troca de experiências entre os profissionais para que a gestão siga evoluindo e tendo contato com práticas de outros parlamentos. Ela anunciou a presença no evento dos servidores do Senado responsáveis pelas áreas de patrimônio, de ações socioambientais e de gestão de pessoas, setores cujo trabalho nos últimos anos foi destacado por Ilana.

— Há sempre muito a aprender vendo as práticas de outros órgãos com distanciamento. E enquanto aprendemos está valendo a pena — afirmou a diretora.

Para Mauro Barreto, o encontro traz novos modelos de trabalho e uma importante interação entre os países de língua portuguesa. Como inspiração para o início do evento, o diretor-geral adjunto da Câmara citou uma frase de Clarice Lispector: “Quem caminha sozinho pode até chegar mais rápido, mas aquele que vai acompanhado com certeza vai mais longe”.

Após a palestra do chefe da Assessoria de Projetos e Gestão da Câmara, Antonio Neto, o diretor-executivo de Gestão do Senado, Márcio Tancredi, fez um histórico do trabalhado realizado a partir de 2011 e dos objetivos buscados pela Casa. Ele lembrou que em 2013 foi traçado um mapa estratégico para dez anos, visando aprimorar as práticas de gestão com foco na missão, negócio institucional, visão de futuro, valores, dimensões e objetivos estratégicos do Senado.

— O Plano de Metas, contemplando o período de 2013 a 2016, fez surgir, em 2015, a Carta Compromisso, objeto que enfatizou a visão, missão e valores para cada setor do Senado. Depois vieram os objetivos e projetos estratégicos a serem aplicados entre 2015 e 2023 — afirmou Tancredi, ao frisar que, em uma casa política, é preciso aproveitar as oportunidades que aparecem nos ciclos de gerência de dois anos para conseguir avanços na gestão.

Projetos estratégicos

Márcio Tancredi explicou que, baseados em 22 diretrizes estratégicas fixadas para 2017 a 2019, há 17 projetos para serem executados, em sua grande maioria em dois anos. Entre os citados por Tancredi, estão a remodelagem e automação dos processos de recursos humanos, o aprimoramento da capacitação gerencial, a ampliação das funcionalidades do e-Cidadania – para aproximar o cidadão da atividade parlamentar – e a integração da informação legislativa entre Câmara e Senado.

— Com uma experiência posterior e diferente da Câmara, embora perseguindo os mesmo objetivos, o Senado tem buscado agregar mais valor para a sociedade com uma estrutura mais barata, eficiente e que usa de forma mais racional os recursos públicos. O aumento de produtividade e a capacidade de operar com mudanças que a Casa já conseguiu mostram que a distância entre o setor público e o privado está cada vez mais se estreitando — afirmou o diretor-executivo de Gestão.

Tancredi e Antonio Neto responderam a questões dos chefes, diretores e técnicos dos parlamentos presentes, que se revezarão com diretores de secretarias e setores da Câmara e do Senado em palestras nos próximos dias no Centro de Formação, Aperfeiçoamento e Treinamento (Cefor) da Câmara.

À tarde, os representantes dos parlamentos estrangeiros participaram de uma visita guiada para conhecer o Senado e a Câmara dos Deputados.

Agência Senado (Reprodução autorizada mediante citação da Agência Senado)