Agripino: 'saída para o país exige cassação de Dilma no TSE ou o impeachment no Congresso'
Da Redação | 04/03/2016, 13h40
O senador José Agripino (DEM-RN), líder do bloco de oposição, apelou à união das forças políticas importantes e comprometidas num amplo esforço para salvar o país diante da crise do momento. No entender dele, a solução passa pela cassação, pelo Tribunal Superior Eleitoral, da chapa que elegeu Dilma Rousseff ou, via Congresso Nacional, pela aprovação do impeachment da presidente.
— Antes que seja tarde, é preciso que nos unamos para salvar o Brasil — conclamou.
Segundo Agripino, a crise é doméstica e tem endereço, “o Palácio da Alvorada”. Tem nome e este nome seria o da "presidente Dilma Rousseff e também daqueles que a assessoram e governam com ela, que fracassaram e hoje estão envolvidos em suspeição do ponto de vista da honestidade e da credibilidade”.
Agripino salientou que o afastamento da presidente não tem por objetivo a tomada do poder. O comando do país, assinalou, será decidido com base nas regras constitucionais e, em última instância, o voto dos brasileiros.
— Agora, não há nenhuma dúvida de que a salvação nacional se impõe e passa pela substituição do esquema de poder que já se mostrou incapaz e impotente para dobrar a crise — salientou.
Manifestações
O senador adiantou que participará dos protestos programados para 13 de março, que têm entre suas bandeiras o impeachment da presidente Dilma. Segundo ele, cabe aos agentes políticos fazerem sua parte, somando-se às manifestações individuais de cada brasileiro.
Agripino dirigiu-se aos prefeitos e, principalmente aos governadores, pela importância do papel que desempenham na estrutura política, pedindo que também se somem e digam que o país precisa mudar.
— Sei que muitos dependem de favores ou de posições do governo central, mas está na hora de tomar atitude e a atitude dos governadores é de fundamental importância — observou.
Agripino lembrou experiência durante seu primeiro mandato como governador no Rio Grande do Norte, conquistado já por eleições diretas. Na sucessão presidencial, ainda por via indireta, tomou posição contrária a seu partido [na época PDS] e manifestou apoio a Tancredo Neves, o candidato da oposição pela redemocratização do país. Explicou que tomou essa atitude mesmo arriscando perder apoio federal para sua administração.
Agência Senado (Reprodução autorizada mediante citação da Agência Senado)
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