Salão Azul ganha nova campainha para chamar senadores ao Plenário

A tradicional campainha do Salão Azul foi substituída nesta semana por um modelo mais moderno e com toque mais suave. O novo dispositivo alcança 75 decibéis, enquanto o equipamento usado anteriormente chegava a 90. Além do volume, o tipo de toque também mudou. Não se ouve mais o timbre sino (estilo trim), como um alarme de incêndio, mas um som mais semelhante a uma campainha residencial, conhecido como ding dong.  Outros 24 pontos distribuídos nos Anexos I e II do Senado continuam com o modelo anterior.

De acordo com o secretário-geral da Mesa, Luiz Fernando Bandeira de Mello Filho, havia muitas reclamações pelo barulho. A mudança, segundo ele, atende a uma solicitação que permitirá a convocação dos parlamentares causando menos incômodo aos profissionais que atuam nas proximidades.

— O objetivo principal é dar mais conforto auditivo aos servidores e jornalistas que trabalham naquela área. A campainha toca para chamar a atenção dos senadores para o início da sessão e para votações ostensivas, mas o seu uso rotineiro incomodava. A substituição, de baixo custo, torna o som mais agradável — disse Bandeira, que também citou o perigo da campanhia, que podia ser confundida com um alerta de incêndio.

Segundo o servidor Leife Gonçalves Montalvão, lotado na Coordenação de Eletrônica (Cooelet), o desejo de que a campainha fosse trocada é antigo na Casa.

— Desde que entrei no Senado, em 1997, tínhamos o desejo de modernizar as campainhas. Sabemos que hoje em dia há meios mais elegantes para chamar os senadores — lembra o engenheiro eletricista, que trabalhou no projeto de substituição. Ele destacou ainda que, além de mais agradável, os novos equipamentos custam menos. O valor médio do novo modelo é de R$ 70, incluídos o preço de compra e o custo de adaptação, enquanto o anterior ficava em torno de R$ 400.

O toque da campainha é previsto no Regimento Interno do Senado, segundo o qual o presidente deve suspender a sessão “fazendo acionar as campainhas durante dez minutos” em qualquer fase da sessão em que haja menos de um vigésimo da composição da Casa ou quando for verificada a falta de quórum no processo de votação ostensiva.

Agência Senado (Reprodução autorizada mediante citação da Agência Senado)