Gleisi Hoffmann rebate acusações que constam do pedido de impeachment da presidente

Da Redação e Da Rádio Senado | 07/12/2015, 17h46

A senadora Gleisi Hoffmann (PT-PR) rebateu as acusações que constam do pedido de impeachment da presidente Dilma Rousseff, acolhido pelo presidente da Câmara dos Deputados na última quarta-feira (2). Segundo ela, as chamadas “pedaladas fiscais” não configuram crime de responsabilidade, e, portanto, não configuram base jurídica para o impedimento de Dilma.

— As pedaladas fiscais foram, na realidade, a autorização que o governo deu para que a Caixa Econômica, o Banco do Brasil e o BNDES pagassem os programas sociais que eles operacionalizam pelo governo, para que o governo depois reembolsasse. E isso foi feito. E outros presidentes utilizaram esse mesmo método — explicou a senadora.

Além das pedaladas, Gleisi citou decretos presidenciais assinados por Dilma que autorizavam gastos sem a análise do Congresso. A senadora disse que esse expediente também sempre foi comum, e não deveria ser considerado base para o afastamento da presidente.

Gleisi disse acreditar que Dilma está sendo julgada por ter um programa de governo que desagrada a oposição, e que essa mesma oposição colabora para sustentar a crise política e econômica que mantém a presidente com baixos índices de popularidade. A senadora lembrou ainda que várias entidades sociais já se posicionaram contra o impeachment, como a Organização dos Advogados do Brasil (OAB), a Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB) e a União Nacional dos Estudantes (UNE).

Em relação a soluções para a crise, Gleisi defendeu o cancelamento do recesso parlamentar do final do ano pelo Congresso.

Agência Senado (Reprodução autorizada mediante citação da Agência Senado)