Ferraço critica Inácio Adams e propõe mudanças na nomeação do advogado-geral da União

Da Redação | 14/10/2015, 20h22

O ministro-chefe da Advocacia-Geral da União (AGU), Luís Inácio Adams, foi alvo de críticas do senador Ricardo Ferraço (PDMB-ES), nesta quarta-feira (14), por sua atuação durante o julgamento das contas de 2014 do governo de Dilma Rousseff no Tribunal de Contas da União (TCU). Para o senador, Adams “extrapolou a sua missão e se tornou um mero advogado da presidente”. O parlamentar apresentou proposta de emenda à Constituição para mudar os critérios de escolha do titular da AGU.

A PEC 125/2015 propõe que o Advogado-Geral da União deva ser nomeado pelo presidente da República, escolhido a partir de uma lista tríplice, submetido à sabatina e aprovação pela maioria absoluta do Senado para um mandato de dois anos.

– O advogado-geral da União tem que servir ao Estado e não ao governo ou a um grupo político. Ele precisa e deve ter um mandato autônomo, independente. Porque nós vivemos um tempo em que Estado e governo se confundem, como no velho patrimonialismo, em que não há fronteira entre o privado e o público – afirmou.

Ferraço destacou que Adams ganhou a reprovação e o descrédito dos seus pares ao tentar evitar o julgamento das contas da presidente Dilma e, depois, defender manobras como as pedaladas fiscais do governo. Para o senador, o ministro deveria se afastar da AGU.

O parlamentar ressaltou ainda que Adams pode ter incorrido no crime de advocacia administrativa, por utilização indevida das facilidades do cargo em favor de interesses privados.

Agência Senado (Reprodução autorizada mediante citação da Agência Senado)

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