CPI da Petrobras no Senado vai ouvir sindicalistas sobre segurança em plataformas

Da Redação | 21/11/2014, 08h22

A Comissão Parlamentar de Inquérito que funciona exclusivamente no Senado para investigar irregularidades na Petrobras vai se reunir na próxima quarta-feira (26), às 9h30, para ouvir dois depoimentos. O presidente do Sindicato dos Petroleiros do Norte Fluminense (Sindipetro-NF), José Maria Rangel, e o coordenador-geral da Federação Única dos Petroleiros, João Antônio de Moraes, são convidados para falar sobre os problemas de segurança enfrentados pelos trabalhadores da companhia e sobre denúncias de lançamento ao mar de plataformas inacabadas.

A CPI não consegue quórum para se reunir desde 16 de julho. Desta vez, no entanto, o presidente da comissão, senador Vital do Rêgo (PMDB-PB), já avisou que haverá reunião:

— Lamentavelmente, a CPI do Sendo não anda com os mesmos passos da CPI Mista por conta do quórum ser esvaziado pela ausência da oposição. A reunião administrativa exige quórum mínimo para votação de requerimentos. Nas oitivas não há essa necessidade. Portanto, na próxima quarta, podemos fazer a reunião só com a minha presença e a do relator [senador José Pimentel] — afirmou.

Denúncias

O Sindipetro denunciou falhas de segurança em plataformas de exploração de óleo e gás da estatal brasileira. Segundo a entidade, a plataforma P-62, por exemplo, foi lançada ao mar, na Bacia de Campos, em janeiro deste ano, ainda sem estar concluída e sem todos os equipamentos de segurança necessários. Do tipo FPSO (navio que produz, armazena e transfere óleo), a P-62 está a 125 quilômetros da costa.

Em maio, a unidade chegou a ser interditada por uma semana pela Agência Nacional de Petróleo (ANP), conforme explicou à CPI a presidente da agência reguladora, Magda Chambriard.

A CPI Mista da Petrobras tem a participação de senadores e deputados e funciona paralelamente à CPI do Senado, com idênticos objetos de investigação: irregularidades envolvendo a Petrobras entre 2005 e 2014, relacionadas à compra da Refinaria de Pasadena, nos EUA; ao lançamento de plataformas marítimas inacabadas; ao pagamento de propina a funcionários da estatal; e ao superfaturamento na construção de refinarias, principalmente a de Abreu e Lima, em Pernambuco.

Agência Senado (Reprodução autorizada mediante citação da Agência Senado)