Rollemberg, do Distrito Federal, é o primeiro governador eleito no segundo turno

O senador Rodrigo Rollemberg (PSB) é o novo  governador do Distrito Federal, eleito com 55,56% dos votos válidos. Ele venceu Jofran Frejat (PR) e substituirá  Agnelo Queiroz (PT), que tentou a reeleição, mas foi derrotado no primeiro turno. Rollemberg  é casado com Márcia e pai de três filhos. De uma família de 14 irmãos, nasceu no Rio de Janeiro em 1959. É formado em História pela Universidade de Brasília, onde chegou em 1960.  É funcionário efetivo do Senado.

Em 1990 disputou sua primeira eleição para deputado distrital, mas não se elegeu. Disputou novamente o mesmo cargo em 1994 e alcançou a primeira suplência, assumindo o mandato eventualmente pelas licenças do titular Wasny de Roure.

Assumiu a Secretaria de Turismo, Lazer e Juventude do DF durante o governo de Cristovam Buarque, em 1996. Eleito em 1998 a deputado distrital,  dedicou seu mandato ao combate à grilagem de terras públicas. Lançou-se candidato a Governador do Distrito Federal em 2002, e ficou com o 3º lugar.

Em 2003, Rollemberg assumiu a Secretaria de Inclusão Social, do Ministério da Ciência e Tecnologia. Em 2006, foi eleito deputado federal. Em 2010, conquistou a vaga para o Senado, onde é líder do PSB, único partido no qual militou em sua vida política e do qual foi um dos fundadores em 1985.

No Senado, integra diversas comissões e presidente a Comissão Especial de Modernização do Código de Defesa do Consumidor. Será substituído pelo suplente Hélio José da Silva Lima.

Virada

Rollemberg iniciou a campanha para governador do DF este ano em terceiro lugar nas pesquisas, atrás do então candidato José Roberto Arruda (PR) e do governador Agnelo Queiroz. O impedimento de Arruda pela Justiça Eleitoral com a base na lei da Ficha Limpa -  o que levou o vice na chapa, Jofran Frejat,  a assumir a candidatura do PR – e o alto índice de rejeição do governador Agnelo mudaram o cenário da eleição. Agnelo ficou pelo caminho e na passagem para o segundo turno, Rollemberg já apareceu em primeiro lugar nas pesquisas de opinião.

O novo governador do DF era muito ligado ao ex-governador de Pernambuco e ex-presidente do PSB nacional, Eduardo Campos, morto em acidente aéreo em agosto, durante a campanha para a Presidência da República. Em 2013, com o afastamento do partido da base do governo da presidente Dilma Rousseff, Rollemberg intensificou as críticas que vinha fazendo ao governador petista do DF, Agnelo Queiroz, e pôde viabilizar sua campanha ao governo.

Com a morte de Eduardo Campos, Rollemberg  defendeu que a então candidata a vice-presidente na chapa do PSB à Presidência, Marina Silva, assumisse a candidatura, o que acabou acontecendo.

Para montar a proposta ao governo do DF, o senador criou as Rodas de Conversa, reuniões com moradores de diversas parte do Distrito Federal, que receberam destaque na sua campanha.

- Nossa prioridade é radicalizar na transparência – disse Rollemberg ontem à Rádio Senado, pouco depois de declarada a sua vitória pelo Tribunal Regional Eleitoral (TRE).

Segundo o pessebista, será criado um conselho de transparência com participação de organizações da sociedade como a Associação Contas Abertas. O governo também deverá investir na melhoria da gestão pública com o combate à burocracia e à corrupção.

Outra promessa de campanha é a integração tarifária do sistema de transporte coletivo no DF com a  criação do bilhete único.

Confira todos os números da eleição no site do TSE

Agência Senado (Reprodução autorizada mediante citação da Agência Senado)