Diretora da ANP falará sobre segurança em plataformas de petróleo nesta quarta

Da Redação | 01/07/2014, 11h55

A diretora-geral da Agência Nacional de Petróleo (ANP), Magda Chambriard, vai falar à Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Petrobras nesta quarta-feira (2), às 10h15, sobre a segurança das plataformas nos campos de exploração brasileiros.

A presença da executiva foi solicitada pelo senador Anibal Diniz (PT-AC), que lembrou os relatos de acidentes ambientais e com trabalhadores.

“Em 2001, o Brasil assistiu atônito ao naufrágio da P-36, no campo de Roncador, na Bacia de Campos. Com custo estimado de US$ 350 milhões, a plataforma tirou a vida de 11 trabalhadores. Mais recentemente, outros acidentes ocorreram nas plataformas PUB-3, no Rio Grande do Norte; PCM-9, em Sergipe; e SS-53, no Rio de Janeiro”, afirma o senador em requerimento.

A CPI deve abordar também a situação da P-62, lançada ao mar em janeiro deste ano. Pouco antes de a unidade entrar em operação, houve um acidente no estaleiro, que atrasou a conclusão do projeto. O Sindicato dos Petroleiros do Norte Fluminense (Sindipetro-NF) reivindicou melhores condições de segurança, e o Ministério do Trabalho e Emprego chegou a a interditar a plataforma, que é do tipo FPSO (embarcação que produz, armazena e transfere óleo).

A ANP é uma autarquia criada em 1998 para regular as indústrias do petróleo, gás natural e biocombustíveis no Brasil. Além de estabelecer instruções e resoluções para o funcionamento do setor, a entidade é a responsável por fiscalizar as atividades da área, por isso os senadores querem ouvir a dirigente da agência.

A segurança nas plataformas é um dos quatro eixos de análise da comissão de inquérito sobre irregularidades na Petrobras. Os senadores investigam também a compra da refinaria de Pasadena, negócio que deu prejuízo à estatal brasileira; acusações de superfaturamento na construção de refinarias; e denúncias de pagamento de propina a funcionários pela companhia holandesa SBM Offshore.

Da CPI da Petrobras só participam senadores da base aliada do governo, visto que os oposicionistas optaram por participar somente da CPI Mista, que funciona em paralelo, com a participação de deputados.

Agência Senado (Reprodução autorizada mediante citação da Agência Senado)