Congresso homenageia Coluna Prestes e José de Anchieta

Da Redação | 19/05/2014, 09h05

O padre jesuíta José de Anchieta, canonizado no último dia 3 de abril pelo papa Francisco, e os 90 anos da Coluna Prestes, movimento político e militar liderado por Luís Carlos Prestes entre 1922 e 1927, serão temas de homenagem em duas sessões solenes do Congresso Nacional nesta semana.

Coluna Prestes

A Coluna Prestes é ligada ao tenentismo, nome dado ao conjunto de manifestações de protesto feitas a partir do início da década de 1920 por oficiais do Exército de baixa e média patente, insatisfeitos com os rumos políticos do país. A Coluna percorreu 25 mil quilômetros pelo interior do Brasil, durante dois anos e meio, questionando as práticas da República Velha e promovendo ideias como a instituição do voto secreto e a defesa do ensino público.

A marcha enfrentou as tropas do Exército ao lado de forças policiais de vários estados, além de tropas de jagunços. Sem apoio da população, não conseguiu disseminar a revolução desejada no país.

Em 1945, Prestes foi eleito pelo Partido Comunista do Brasil (PCB), com a maior votação proporcional da história política brasileira até aquela época. Teve o mandato cassado em 1947, após o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) ter cancelado o registro de seu partido. Em 22 de maio de 2013, o Senado Federal fez sessão especial para a devolução simbólica dos mandatos de senador a Luis Carlos Prestes (1898-1990) e a seu suplente, Abel Chermont (1887-1962).

Atualmente, um grupo de senadores defende a mudança do nome da Ala Filinto Müller para Ala Luís Carlos Prestes, como estabelece o Projeto de Resolução do Senado (PRS) 36/2011, em tramitação na Casa.

A sessão solene está marcada para a terça-feira (20), às 12h, no Plenário da Câmara dos Deputados.

José de Anchieta

José de Anchieta é o terceiro brasileiro a ser canonizado, depois de Madre Paulina e de Frei Galvão. Espanhol de origem, chegou ao Brasil aos 19 anos e desenvolveu longo trabalho de catequese na Bahia, no Espírito Santo e em São Paulo, com especial atenção aos povos indígenas.

Conhecido como "o apóstolo do Brasil", Anchieta foi o primeiro dramaturgo, gramático e poeta do país, sendo considerado o pai da literatura brasileira. Foi canonizado pelo papa Francisco no dia 3 de abril deste ano.

O presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), participou, em Roma, da missa de ação de graças pela canonização do Padre José de Anchieta.

A sessão solene do Congresso será na quarta-feira (21), às 12 horas, no Plenário do Senado Federal.

Agência Senado (Reprodução autorizada mediante citação da Agência Senado)

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