Ruben Figueiró cobra da Petrobras conclusão de fábrica de fertilizantes

Da Redação e Da Rádio Senado | 22/04/2014, 15h45

O senador Ruben Figueiró (PSDB-MS) afirmou nesta terça-feira (22), em pronunciamento no Plenário do Senado, que a Petrobras enfrenta agora mais um problema: o risco de paralisação das obras da fábrica de fertilizantes que está sendo construída em Três Lagoas, no Mato Grosso do Sul.

Segundo o senador, reportagem do jornal Correio do Estado, de Campo Grande, informa que dez empresas que alugam maquinário pesado para o consórcio responsável pela obra decidiram parar os trabalhos nesta terça porque desde novembro do ano passado não recebem os pagamentos devidos. A dívida já chega a R$ 8 milhões.

Ruben Figueiró comentou que, quando estiver em funcionamento, a indústria vai produzir mais de um milhão de toneladas de ureia granulada por ano. O empreendimento deveria ter entrado em operação em dezembro, acrescentou o senador.

- Se a Petrobras não é a responsável pela falta de repasse de recursos ao consórcio que realiza essa importante obra, está sendo no mínimo omissa em relação ao atraso de pagamento de locadores de maquinários, fato que vai paralisar a obra e inevitavelmente atrasar inauguração da fábrica de fertilizantes - disse ele.

Mercosul

O senador também criticou, mais uma vez, o comportamento da diplomacia brasileira em relação ao  Mercosul, advertindo que o país precisa ampliar os acordos comerciais para não continuar sendo tão prejudicado pelo bloco sul-americano.

Na opinião dele, os problemas do Mercosul começaram quando os ex-presidentes Lula e Néstor Kirchner incluíram temas políticos nas relações econômicas entre os parceiros.

Segundo Ruben Figueiró, isso prejudica principalmente o Brasil, que teve suas exportações reduzidas para a Argentina devido ao protecionismo adotado pelo governo de Cristina Kirchner. Ele disse que o país também vem levando calote da Venezuela, que recentemente aderiu ao Mercosul.

- Hoje, o que se vê é a submissão do governo brasileiro ao kirchnerismo dos pampas argentinos. Como afirmei há algum tempo, está passando da hora de o Brasil abrir fronteiras para outras bandas comerciais, como aquela que nos acena a Comunidade Econômica Europeia - completou.

Agência Senado (Reprodução autorizada mediante citação da Agência Senado)

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