Devolução do mandato de João Goulart mostra que Brasil é libertário e democrático, diz Simon

Da Redação | 18/12/2013, 17h05

O senador Pedro Simon (PMDB-RS) afirmou, nesta quarta-feira (18), durante sessão solene do Congresso Nacional destinada a devolver simbolicamente o mandato presidencial a João Goulart (1919-1976), que o ato mostra que o Brasil é um país “libertário e democrático”.

Para ele, a devolução do mandato de Jango será lembrada como um dia “histórico e inédito” no qual o país teve a oportunidade, mesmo que simbólica, de fazer com que a verdade se prolongue ao longo dos anos e seja ensinada nas escolas para as gerações futuras.

- Os meus bisnetos vão estudar na escola o que de fato aconteceu. O que meus filhos estudaram foi o que não aconteceu. Hoje se encerrou um ciclo e começou outro. Queira Deus que tenhamos a grandeza de seguir adiante - ressaltou Simon.

O senador argumentou que a declaração de vacância da Presidência foi inconstitucional, porque a perda do cargo só se daria em caso de viagem internacional sem autorização do Congresso. Ele disse ter sido testemunha de que o presidente João Goulart estava em Porto Alegre (RS), onde foi se encontrar com forças contrárias ao golpe militar.

Simon relembrou fatos da passagem de João Goulart pelo poder e destacou a coragem do ex-presidente ao longo de sua trajetória política. O senador acrescentou que todos os partidos, por unanimidade, concordaram que a devolução do mandato foi um grande gesto e uma decisão muito importante do Congresso.

No fim de novembro, o Congresso Nacional aprovou projeto (PRN 4/2013) que tornou nula a sessão de 2 de abril de 1964, em que o presidente do Senado, Auro de Moura Andrade, presidindo a Mesa Congresso, declarou vaga a Presidência da República. O projeto também determinava a a devolução simbólica do mandato de Jango.

O senador ainda elogiou a presidente da República, Dilma Rousseff, por receber os restos mortais de Jango, em Brasília, com honras de Estado e destacou que a atitude da presidente demonstra “grandeza e espírito público”.

Agência Senado (Reprodução autorizada mediante citação da Agência Senado)

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