Aloysio Nunes cobra medidas concretas do governo contra inflação

Da Redação | 11/04/2013, 18h35

Em discurso nesta quinta-feira (11), o senador Aloysio Nunes Ferreira (PSDB-SP) cobrou do governo federal “atitudes concretas" e "ações corajosas” contra a alta da inflação. O parlamentar lembrou que o IPCA acumulado dos últimos 12 meses, apurado pelo IBGE, chegou a 6,59% em março, ultrapassando o teto da meta inflacionária (6,5%).

Para o senador, as medidas que o governo vem adotando no combate à inflação são “precárias, tópicas, de curto prazo”, à exceção da redução das tarifas de energia.

- Vamos de desoneração em desoneração, sem atacar o problema da carga tributária de uma maneira permanente e geral. Desonerações de curto prazo. Não se sabe se serão prorrogadas ou não. Isso gera mais incerteza no cenário econômico, o que, por sua vez, inibe os investimentos. Nós temos a sensação de um governo enxugando gelo, infelizmente – afirmou.

Apesar de o Banco Central garantir que a inflação recuará nos próximos meses, observou Aloysio, a população, os agentes econômicos e as famílias estão com dúvidas.

- São as donas de casa, são os pais de famílias, que, no supermercado, na feira, constatam a alta dos alimentos, constatam o aumento do preço dos gêneros de primeira necessidade. Como se dizia no meu tempo de moço: é a chamada carestia que está de volta, que já caiu na boca do povo, em uma dimensão que há muito tempo não se via em nosso país – pontuou.

Segundo o senador, apostar apenas em desonerações não resolve a questão. Ele sugeriu como medidas eficazes a contenção da “gastança absurda do governo” e a reforma tributária.

A presidente da República tem prestígio e apoio político suficientes. Falta a ela a disposição para enfrentar os problemas, mesmo que tenha de pagar preço de popularidade no curto prazo; mesmo que ela precise, num determinado momento, esquecer a sua condição de candidata e se dedicar a enfrentar os problemas do país, eventualmente quebrando alguns ovos para fazer omelete – disse.

Agência Senado (Reprodução autorizada mediante citação da Agência Senado)

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