Limitação a mandado de dirigente esportivo pode ter resistência, diz senador
Rodrigo Baptista | 28/11/2012, 15h15
O senador Cássio Cunha Lima (PSDB-PB) reconheceu nesta quarta-feira (28), durante audiência pública, que a proposta de limitar os mandatos de dirigentes esportivos deverá encontrar resistência. Ele pediu a mobilização permanente de atletas, parlamentares e dirigentes favoráveis para viabilizar a aprovação dos projetos no Congresso. Ele observou que seu projeto propõe uma regra de transição para garantir que os atuais dirigentes possam concluir seus mandatos.
- A intenção nossa não é personalizar. Não estamos aqui tentando atingir fulano ou beltrano. Queremos tentar começar a construção de um novo modelo para que o país possa avançar – disse o senador.
Além de permitir apenas uma reeleição para esses cargos e restringir a quatro anos a duração máxima dos mandatos de cartolas no comando das entidades esportivas, a proposta do senador paraibano proíbe a nomeação de parentes para ocuparem funções nas instituições.
Ausência
A ausência do presidente do Comitê Olímpico Brasileiro, Carlos Arthur Nuzman, à audiência pode ser um indício disso, conforme apontaram o jornalista esportivo José Cruz e o deputado Romário (PSB-RJ). Por meio de ofício encaminhado ao colegiado, Nuzman alegou que não participaria do debate em função de compromissos da entidade no exterior. O COB também recusou enviar um representante, alegando que o assunto deve ser tratado pelo próprio presidente da instituição. Nuzman foi eleito em outubro para o quinto mandato consecutivo à frente do comitê.
- Não é saudável para o esporte brasileiro o Senado Federal promover um debate dessa importância e não ter um representante do COB. O presidente Nuzman é devedor desta comissão. Na última vez que aqui esteve, ausentou-se do debate, deixando um grande constrangimento - lembrou Cruz.
Agência Senado (Reprodução autorizada mediante citação da Agência Senado)
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