Entrega de representação de parlamentares ao MP é adiada para esta quinta

Por problema na agenda do procurador-geral da República, Roberto Gurgel, parlamentares que prepararam uma representação ao Ministério Público pedindo a continuidade das investigações da CPI do Cachoeira deverão entregar o documento nesta quinta-feira (22). A representação deveria ter sido entregue na tarde desta quarta-feira (21), mas o chefe do MP esteve até as 18h40  no Supremo Tribunal Federal (STF) participando do julgamento da ação penal 470 (sobre o esquema conhecido como “mensalão”).

Os autores da representação são os senadores Pedro Taques (PDT-MT) e Randolfe Rodrigues (PSOL-AP) e os deputados Rubens Bueno (PPS-PR) e Ônix Lorenzoni (DEM-RS).

No alvo dos parlamentares está o governador do Rio de Janeiro, Sérgio Cabral (PMDB), acusado de envolvimento com Fernando Cavendish, dono da empreiteira Delta. Os parlamentares querem também a quebra do sigilo bancário, fiscal e telefônico de 15 empresas tidas como fantasmas que teriam recebido dinheiro da construtora.

– Trata-se de uma organização criminosa responsável pelo maior esquema de corrupção do Brasil. Vamos levar ao Ministério Público nossas conclusões porque temos o dever de agir na condição de parlamentares e de investigadores – afirmou Randolfe Rodrigues (PSOL-AP).

Segundo o deputado federal Ônix Lorenzoni (DEM-RS) a representação "não passa a mão na cabeça de ninguém, seja de que partido for”.

– Preparamos este documento com muita responsabilidade. Começamos investigando uma quadrilha que tratava de jogo de bicho e videobingo e encontramos uma organização criminosa poderosíssima – afirmou.

O encontro desta quint-feira com o procurador deve ocorrer no fim da manhã. A CPI do Cachoeira volta a se reunir às 10h15 para a leitura do relatório do deputado Odair Cunha (PT-MG).

Agência Senado (Reprodução autorizada mediante citação da Agência Senado)