Paulo Paim comemora Dia Nacional da Consciência Negra

Da Redação | 20/11/2012, 20h45

Em pronunciamento nesta terça-feira (20), o senador Paulo Paim (PT-RS) saudou a passagem do Dia Nacional da Consciência Negra e disse que a data serve para ressaltar a participação do negro na formação do povo brasileiro.

A contribuição do negro na formação social do Brasil não se resume só à resistência havida no período colonial no Quilombo dos Palmares, pois ele sempre estiveram presente nos movimentos sociais e políticos da historia brasileira, como na luta pela abolição dos escravos, na luta pela independência do país, na Inconfidência Mineira e, mais recentemente, contra a ditadura militar.

Paim também destacou a adoção recente de cotas em favor dos negros, a vigência do Estatuto da Igualdade Racial, de sua autoria, a reeleição do presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, e a posse do ministro Joaquim Barbosa na presidência do Supremo Tribunal Federal (STF), o primeiro negro a assumir essa função na Corte.

Paim lembrou que o Dia Nacional da Consciência Negra reverencia os feitos do grande herói Zumbi, do Quilombo dos Palmares, localizado na então capitania de Pernambuco, na serra da Barriga, região hoje pertencente ao município de União dos Palmares, em Alagoas.

Paim explicou que brancos, negros e indígenas residiam no Quilombo dos Palmares, que chegou a contar com mais de duas mil habitações. Em 1688, cansado do longo conflito com os quilombolas, o governador da capitania de Pernambuco aproximou-se do líder Ganga Zumba, com oferta de paz. Foi oferecida liberdade para todos os escravos fugidos, desde que se submetessem aos interesses da Coroa portuguesa. Zumbi se negou a isso, dizendo que não seria escravo de ninguém, muito menos dos portugueses. Ele então desafiou Ganga Zumba, continuou resistindo à pressão dos portugueses e se tornou um novo líder.

Quinze anos depois, a bandeira do paulistano Domingos Jorge Velho foi chamada para invadir o quilombo. Zumbi é ferido, sobrevive e é traído por Antonio Soares e surpreendido pelo capitão Furtado de Mendonça. Foi apunhalado e resistiu, mas é morto junto com 20 guerreiros dois anos depois, em 1695.

Agência Senado (Reprodução autorizada mediante citação da Agência Senado)

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