Paulo Davim defende avaliação continuada de estudantes de medicina

Da Redação | 08/11/2012, 16h55

Em discurso nesta quinta-feira (8), o senador Paulo Davim (PV-RN) defendeu uma avaliação anual dos estudantes de medicina do país. Na quarta-feira (7), a Comissão de Educação, Cultura e Esporte (CE) debateu, em audiência pública, o PLS 217/2004, que institui um exame nacional de proficiência como requisito para o exercício da medicina.

- O objetivo desse PLS é impedir a proliferação de escolas médicas, impedir a formação de médicos com baixa qualidade técnica e intelectual e proteger a sociedade contra profissionais mal formados, que venham a exercer essa profissão e que tragam algum tipo de prejuízo à sociedade brasileira – explicou.

De acordo com Davim, o Brasil é o segundo país com mais faculdades de medicina (187), perdendo apenas para a Índia (257). Entretanto, ponderou o senador, o ensino médico no país enfrenta problemas, como projetos pedagógicos inadequados, falta de professores, professores mal qualificados e ausência de hospitais-escola.

Na opinião de Davim, os sistemas de avaliação de várias dessas faculdades também deixam a desejar.

O senador defende que a avaliação do aprendizado seja realizada anualmente, do primeiro ao sexto ano da faculdade, para avaliar a bagagem teórica, a capacidade prática e a postura ética.

- Será que uma avaliação no final do curso é o suficiente para dizer quem é bom médico e quem é mau médico? Claro que não. Não vai ser uma prova teórica que vai dizer se o cidadão ou a cidadã será um bom profissional médico. Defendemos que essa avaliação seja continuada, do 1º ao 6º ano. Que se considere o desempenho teórico, o desempenho prático, mas também se avalie o comportamento daquele estudante. A postura ética, o comportamento profissional, a capacidade liderança, a iniciativa desse estudante que posteriormente será um profissional médico – disse Davim.

Agência Senado (Reprodução autorizada mediante citação da Agência Senado)

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