Mozarildo explica decisão de não permitir apresentação de cantor em Plenário

Da Redação | 06/11/2012, 15h40

O senador Mozarildo Cavalcanti (PTB-RR) rebateu nesta terça-feira (6) críticas feitas a ele em razão da condução da sessão plenária do dia anterior. Na ocasião, Mozarildo não atendeu ao pedido do senador Eduardo Suplicy (PT-SP) para que o músico Chambinho do Acordeon, que interpreta Luiz Gonzaga no filme Gonzaga de Pai para Filho cantasse no Plenário.

Mozarildo explicou que a intenção foi apenas de cumprir o Regimento Interno do Senado, que não permite esse tipo de manifestação nas sessões ordinárias. O senador afirmou que sempre procurou cumprir as regras, dentro ou fora do Senado. Apesar de entender a boa intenção de Suplicy ao levar o cantor ao Plenário, Mozarildo disse que nem sempre os fins justificam os meios.

- Posso querer uma coisa, mas se, para obter aquela coisa, eu tiver que passar por cima de alguém, eu não vou fazer. Eu tenho que fazer as coisas de maneira que, cumprindo a lei, possa atingir os objetivos a que me disponho – afirmou.

O senador se referiu à situação como um “constrangimento” e afirmou ter sido vítima de atitudes preconceituosas de pessoas que alegam combater o preconceito. Mozarildo lembrou ser descendente de nordestinos e afirmou que todos os seres humanos devem ser respeitados.

- Eu não sou racista, esquerdista, direitista, eu sou humanista. Acho que ser humano é o ser humano, respeitadas todas as suas diferenças e suas condições de vida.

Mozarildo também afirmou que, assim como ele, Luiz Gonzaga era maçom, tendo composto a música Acácia Amarela em homenagem à Maçonaria. Por fim, destacou que está marcada para o dia 10 de dezembro uma sessão de homenagem pelos 100 anos de nascimento de Luiz Gonzaga, ocasião adequada para a manifestação pretendida na sessão de ontem.

Agência Senado (Reprodução autorizada mediante citação da Agência Senado)

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