Sarney é agraciado com Ordem do Mérito Cultural

Rodrigo Baptista | 05/11/2012, 13h20

O presidente do Senado, José Sarney, foi agraciado nesta segunda-feira (5), no Palácio do Planalto, com a Ordem do Mérito Cultural 2012. Ele recebeu das mãos da presidente Dilma Rousseff a insígnia da classe Grã-Cruz, como reconhecimento por suas contribuições à cultura brasileira. Ao todo, 41 artistas, cineastas, poetas, intelectuais e instituições foram homenageados pelo Ministério da Cultura.

A 18ª edição da solenidade, que marca o Dia Nacional da Cultura comemorado nesta segunda, foi dedicada ao compositor popular e instrumentista Luiz Gonzaga – o ‘Rei do Baião’, que estaria comemorando 100 anos de nascimento.

Foram agraciados ainda, entre outros, o escritor Jorge Amado ( in memoriam); a apresentadora de TV Hebe Camargo (in memoriam); a ministra da Cultura, Marta Suplicy; o apresentador Silvio Santos; as atrizes Marieta Severo e Regina Casé; o ator Mazzaropi (in memoriam); as cantoras Elba Ramalho e Fafá de Belém; o cantor Alceu Valença; o grupo musical Olodum e o artista plástico Abelardo da Hora.

Ao ressaltar o papel de Sarney no processo de valorização da cultura brasileira, a presidente Dilma lembrou que o presidente do Senado foi responsável pela edição da Lei  nº 7.505, de 2 de julho de 1986, quando ocupava a presidência da República. Batizada como Lei Sarney, a norma foi a primeira legislação federal de incentivo fiscal à produção cultural.

- Uma homenagem tardia, mas uma homenagem importante porque o senador Sarney é o precursor da chamada Lei Rouanet – registrou Dilma, grã-mestre da Ordem.

A presidente também ressaltou a diversidade e riqueza cultural do país e destacou o legado deixado por todos os agraciados.

– Esse é o momento de aplaudir  personalidades que contribuíram com seus talentos para a criação cultural do país. Todos os agraciados nos ajudam a entender os símbolos, os sentidos, os dramas, as utopias que nos identificam como povo – disse Dilma.

Asa Branca

Durante a solenidade, a cantora Elba Ramalho, interpretou – ao lado do pianista Miguel Proença; do neto de Gonzagão, Daniel Gonzaga; e de Chambinho do Acordeão – a canção “Asa Branca”, composta em 1947 pela dupla Luiz Gonzaga e Humberto Teixeira. Também foi inaugurada a exposição “O Imaginário do rei – visões sobre o universo de Luiz Gonzaga”, mostra que reúne, no Palácio do Planalto, obras de arte criadas em torno da iconografia do Rei do Baião.

- Luiz Gonzaga ajudou o povo a conhecer seu próprio país. Ele nos deixou músicas eternas e tornou o sertão universal – resumiu Dilma Roussef.

Ordem do Mérito Cultural

Desde a criação da homenagem, em 1995, já foram condecoradas mais de 500 nomes ilustres da história e das artes brasileiras. Os premiados – distribuídos em três classes: Grã-Cruz, Comendador e Cavaleiro - tiveram os nomes sugeridos por integrantes da sociedade, por meio da internet, e  analisados pelo Conselho da Ordem do Mérito.

Agência Senado (Reprodução autorizada mediante citação da Agência Senado)

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