Drama dos Guarani-Kaiowá ainda não está resolvido, alerta Randolfe Rodrigues

Da Redação | 01/11/2012, 19h35

Apesar de a Justiça ter suspendido a ordem de expulsão dos índios Guarani-Kaiowá de suas terras na região de Dourados (MS), o senador Randolfe Rodrigues (PSOL-AP) afirmou nesta quinta-feira (1º), em discurso no Plenário, que a situação dramática daquele povo ainda está longe de ser resolvida.

Citando matéria do jornal O Estado de S.Paulo, Randolfe informou que 170 índios Guaranis-Kaiowás vivem em uma área de apenas dois hectares, da qual se recusam a sair afirmando que são terras ancestrais de seu povo.

O parlamentar comentou ainda artigo da ex-senadora Marina Silva sobre o caso, publicado pelo jornal Folha de S.Paulo, em que ela defende os direitos dos índios. No texto, Marina Silva cita trechos de um manifesto dos Kaiowás que mostra a situação trágica em que vivem, inclusive com caso de suicídios e assassinatos.

- Até quando assistiremos a esse genocídio sem fazer nada? Eu sei que, nesta semana, tivemos a feliz notícia da reversão da decisão da Justiça Federal, de desapropriação, de desalojamento dos Guaranis-Kaiowás de sua área. Mas não basta isso. É necessário acompanhar. Os anos têm sido de chacina continuada, de extermínio desse povo. Nós não podemos permitir que 170 remanescentes de um povo sejam dizimados diante de nossos olhos – disse o senador.

Agência Senado (Reprodução autorizada mediante citação da Agência Senado)

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