Mário Couto protesta contra supressão de partes de seu pronunciamento

Da Redação | 30/10/2012, 19h10

O senador Mário Couto (PSDB-PA) disse ter sido cerceado em seu direito democrático de falar pelo tempo determinado pelo Regimento Interno do Senado. No início da sessão desta terça-feira (30), Mário Couto pediu ao Supremo Tribunal Federal (STF) que analise, a exemplo do mensalão, outros processos que envolvam parlamentares, promovendo assim “uma limpeza” no Congresso Nacional.

O senador afirmou ainda que há uma “corrupção generalizada” no país e ladrões no Congresso Nacional. O discurso gerou manifestações indignadas das senadoras Vanessa Grazziotin (PCdoB-AM) e Lídice da Mata (PSB-BA), para quem Mário Couto generalizou suas acusações contra os parlamentares.

- Além de cortarem praticamente todo o meu pronunciamento, palavras que eu falei na tribuna, na tarde de hoje, foram tiradas do meu pronunciamento [das notas taquigráficas]. Não quero que o meu direito democrático seja tirado nesta Casa, eu não vou admitir. Palavras como “ladrão”, eu quero que a palavra “ladrão” esteja contida no meu pronunciamento - disse o senador, ao pedir que o presidente do Senado, José Sarney, apure o episódio.

Mário Couto disse que nem mesmo as notas taquigráficas com a íntegra de seu discurso haviam sido disponibilizadas ao público até as 17h20. Ele iniciou o primeiro discurso às 14h36.

- Esta é a décima ou vigésima vez que falo e a TV Senado ou alguém corta o meu pronunciamento - afirmou.

O presidente José Sarney prometeu apurar o que havia ocorrido.

- Não vou permitir que nenhum colega seja ferido em seus direitos – disse Sarney.

Agência Senado (Reprodução autorizada mediante citação da Agência Senado)

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