Maldaner lembra centenário da Guerra do Contestado

Da Redação | 16/10/2012, 16h45

"A luta pela terra e pelo trabalho, do fraco contra o forte, do caboclo contra o capital estrangeiro", assim o senador Cassildo Maldaner (PMDB - SC) definiu a Guerra do Contestado, que no próximo dia 22 completa cem anos.

Em pronunciamento no Plenário nesta terça-feira (16), Maldaner relembrou os conflitos armados que estouraram no sul do país em outubro de 1912 com a revolta da população contra os representantes dos poderes federal e estadual. O senador explicou que o estopim foi a construção de uma estrada de ferro que ligava a província de São Paulo ao Rio Grande do Sul. Com a obra, a construtora norte-americana ganhou do governo brasileiro todas as terras ao longo da ferrovia, doação contestada pelos agricultores que cultivavam erva-mate e exploravam madeira na região.

O senador destacou a importância dos monges do movimento messiânico, entre eles José Maria, que defendiam a volta do Império e passaram a liderar a insurreição dos caboclos. Foram quatro anos de confrontos que ganharam contornos de "guerra santa". Fortemente reprimidos pelas tropas do governo sob o comando do Marechal Hermes da Fonseca, os revoltosos terminaram massacrados com um saldo de milhares de mortos.

História

Segundo Maldaner, além de resultar na atual definição da divisa dos estados do Paraná e de Santa Catarina, o conflito marcou profundamente o povo catarinense. O senador comparou o episódio à Guerra de Canudos, no sertão baiano, e exaltou o espírito de luta e sobrevivência da população cabocla. O parlamentar também congratulou aqueles que se empenham na preservação da memória do estado.

– Parabenizo todos os que lutam de forma incansável pela valorização da história catarinense; que essas lições não sejam esquecidas por nós – disse.

Agência Senado (Reprodução autorizada mediante citação da Agência Senado)

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