Professores de Mato Grosso têm bom desempenho, diz Cidinho Santos

Da Redação | 16/10/2012, 19h30

A passagem do Dia dos Professores, 15 de outubro, foi registrada em Plenário nesta terça-feira (16) pelo senador Cidinho Santos (PR-MT). O senador ressaltou os resultados da dedicação desses profissionais no Mato Grosso, comprovada pelo Índice de Desenvolvimento da Educação Básica (Ideb), do Ministério da Educação, de 2011. O estado obteve a sétima maior nota do país no 5º ano do ensino fundamental e a terceira posição nacional no 9º ano do ensino fundamental.

O Ideb, lembrou o senador, compara, a partir de metas prefixadas, o desempenho das escolas a cada dois anos, dando continuidade a uma série histórica iniciada em 2005. Cidinho informou que o Mato Grosso teve desempenho mais “discreto” entre alunos do 3º ano do ensino médio, última das etapas monitoradas, alcançando a 16ª colocação. Na rede privada, o estado está 13ª posição no 5º ano do fundamental, na 9ª posição no 9º ano e na sétima posição no 3º ano do ensino médio.

- É impossível não deixar de agradecer aos professores do meu estado e de parabenizá-los pelo resultado sempre crescente que continuamos alcançando. Por outro lado, também cabe aqui o alerta para as condições de trabalho que ainda são encontradas em boa parte das escolas públicas, que impedem que a diferença de qualidade entre elas e as escolas privadas seja eliminada de uma forma mais rápida – afirmou.

Um dos problemas na rede pública de ensino, afirmou, é a falta de professores, especialmente nas disciplinas de conteúdo mais técnico do ensino médio. A maioria dos profissionais é atraída por melhores salários na iniciativa privada, como por exemplo, no setor industrial, tornando crônica a questão da falta de profissionais com formação pedagógica. Já os professores que ficam em sala de aula precisam aumentar a carga de trabalho, ensinando em mais de uma escola, para obter um salário razoável. Com isso, perdem o tempo para se manter atualizados, aperfeiçoar seus talentos e até para a preparação adequada de suas aulas.

Cidinho Santos acrescentou que o intenso ritmo de trabalho provoca problemas de saúde, em geral relacionados a estresse. Daí resultam aposentadorias precoces e mudanças de profissão, agravando ainda mais o quadro geral do ensino no estado. O senador argumentou que a luta pelo pagamento do piso salarial nacional nos estados é bastante justa e caberia ao Executivo não apenas reclamar da falta de recursos, mas viabilizar a verba necessária.

No setor privado, informou, a queixa mais comum é de superlotação das salas de aula, decorrente do interesse maior pelo lucro do estabelecimento do que pela qualidade de ensino ofertada.

Para o senador, não há solução rápida ou infalível para os problemas enfrentados hoje pelos professores, mas é preciso que o administrador público encontre alternativas, identifique e multiplique as boas práticas e desencoraje as negativas.

Agência Senado (Reprodução autorizada mediante citação da Agência Senado)

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