Julgamento do mensalão contrapõe senadores do PSDB e do PT

Da Redação | 18/09/2012, 19h45

O julgamento do mensalão (Ação Penal 470) pelo Supremo Tribunal Federal (STF) voltou a ser motivo de embate entre governo e oposição no Senado nesta terça-feira (18). Assim como há pouco mais de sete anos, quando o então deputado federal Roberto Jefferson, presidente do PTB, denunciou a existência de um esquema de compra de votos na Câmara dos Deputados, parlamentares do PSDB e do PT se colocaram em trincheiras opostas.

O líder do PSDB, senador Alvaro Dias (PR), anunciou que seu partido, juntamente com o DEM e o PPS, pedirá, depois do julgamento do Supremo, a abertura de investigações contra o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva por seu suposto envolvimento com o mensalão. Já o senador Jorge Viana, do PT do Acre, defendeu Lula, negando qualquer contato dele com um dos pivôs do escândalo, o publicitário mineiro Marcos Valério. Segundo matéria recente da revista Veja, o envolvimento de Lula com o esquema teria sido reconhecido por Marcos Valério – já condenado pelo Supremo – em conversas com pessoas próximas.

Alvaro Dias lembrou ter apresentado voto em separado, ao final da CPI dos Correios, em 2005, no qual pedia abertura de processo de impeachment contra Lula. E Jorge Viana acusou o PSDB de não ter condições de dar qualquer lição de moral, por ter sido o partido o verdadeiro criador do mensalão, em 1998, durante o governo do tucano Eduardo Azeredo em Minas Gerais.

Também o senador Aníbal Diniz (PT-AC) manifestou-se sobre o assunto e defendeu o ex-presidente Lula.

Agência Senado (Reprodução autorizada mediante citação da Agência Senado)

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