Representação contra Demóstenes depende de escolha de novo presidente do Conselho de Ética

Iara Guimarães Altafin e teresa-cardoso | 29/03/2012, 14h40

Ao deixar o prédio do Congresso na manhã desta quinta-feira (29), o presidente do Senado, José Sarney, informou que o senador Jayme Campos (DEM-MT), vice-presidente do Conselho de Ética e Decoro Parlamentar do Senado, considera que a representação do PSOL contra o senador Demóstenes Torres (DEM-GO) deve ser decidida pelo presidente do colegiado, não podendo ser uma decisão do vice-presidente.

– O senador Jayme Campos me comunicou que, sendo vice-presidente do Conselho, ele acha que a presidência do colegiado está vaga e que o presidente é que teria competência de decidir sobre a representação. Nesse sentido, ele irá consultar juridicamente a Casa para ver que solução ele teria que tomar – disse Sarney.

De acordo com Jayme Campos, o Conselho de Ética se reunirá no dia 10 de abril para eleger um novo presidente. Caberá ao PMDB fazer essa indicação. A bancada já está discutindo um nome para assumir o cargo. A presidência do conselho está vaga desde setembro de 2011, quando o senador João Alberto (PMDB-MA) se licenciou para assumir um cargo no governo de Roseana Sarney, no Maranhão.

O PSOL protocolou na tarde de quarta-feira (28) representação ao Conselho de Ética para averiguar a suposta quebra de decoro parlamentar por parte do senador Demóstenes Torres. No documento, o presidente do partido, deputado Ivan Valente (SP), argumenta que Demóstenes quebrou o decoro parlamentar ao receber vantagens de uma quadrilha que explora o jogo ilegal, sob o comando do bicheiro Carlos Cachoeira.

Questionado por jornalistas, Sarney comentou as denúncias contra o senador por Goiás.

– As denúncias são graves e nós temos que colocar em andamento as representações que foram feitas. Não quero fazer juízo de valor. Quero dizer que se trata de um assunto grave – disse.

Agência Senado (Reprodução autorizada mediante citação da Agência Senado)

MAIS NOTÍCIAS SOBRE: